O PT realizou neste sábado (7), em Fortaleza, um grande debate reunindo as chapas inscritas para o Processo de Eleição Direta (PED) 2025. O evento reuniu representantes das oito candidaturas que disputam a presidência nacional da legenda. O PED é a instância máxima de participação interna do partido, em que os filiados escolhem diretamente a direção nacional. A votação está marcada para o dia 6 de julho, em todos os diretórios municipais do país.
Propostas das chapas
No primeiro bloco do debate, cada uma das chapas apresentou suas propostas . A chapa A Força da Militância com Edinho e Lula (nº 299), representada por Isabel, destacou a importância de um partido forte, combativo e ligado à sua base. “O PT nasceu e é o partido que faz a diferença, que apresenta alternativas que a sociedade brasileira confiou que pudesse transformar esse país”, afirmou.
A chapa Muda PT, Lutar é o Caminho. Lula 2026! (nº 290), defendida por Joaquim Soriano, ressaltou o papel do partido na luta social: “A maioria do nosso povo vive em condições absolutamente degradantes. E esse sistema que degrada a vida, que degrada o ambiente, é que precisa ser combatido.”.
Derrotar a Extrema-Direita e Avançar na Construção de um Novo Brasil, chapa 280, advogada por José Guimarães, pregou a necessidade de unidade interna e atualização estratégica frente ao novo ciclo político. “Nós temos que avançar na construção de um partido que seja cada vez mais democrático, transparente e conectado com as lutas do povo brasileiro”, defendeu.
Representando a chapa Campo Popular (nº 270), Graça apontou para a importância das lutas sociais: “A reconstrução do Brasil está conectada à nossa capacidade de lutar nas ruas, construir políticas públicas com o povo e fortalecer o PT nos territórios”.
Falando em nome de Somos Todos PT em Movimento, chapa com o número 250, Ana Júlia Carepa enfatizou a necessidade de um partido vibrante, organizado e presente em todo o país: “Queremos um PT militante, enraizado nas comunidades e atuante nas lutas por justiça social e democracia”.
A chapa Esperança é Vermelha (nº 220), defendida por Valter Pomar, ressaltou o impacto da conjuntura internacional na atuação do partido: “Estamos vivendo uma crise do imperialismo que faz uma fuga em frente.” E apontou que essa realidade exige uma resposta firme e alinhada com os movimentos sociais e populares.
Pela chapa Diálogo e Ação Petista – Virar à Esquerda (nº 210), Misa Boito reforçou a importância de recuperar a combatividade do partido frente à ofensiva neoliberal e conservadora: “A virada à esquerda é a única saída para manter o PT como referência da classe trabalhadora”.
Por fim, a chapa A Luta, PT e Resistência Socialista (nº 200), representada por Camila Moreno, colocou a desigualdade no centro do debate: “Nosso projeto é construir um partido feminista, antirracista, popular e com raízes profundas nos movimentos sociais”.
Leia mais: Oito chapas nacionais apresentam suas teses para o PED 2025, que ocorre em julho
Unidade, acima de tudo
No segundo bloco, os representantes se revezaram para comentar temas sorteados, como economia e desenvolvimento, eleições de 2026, mudanças no mundo do trabalho, desafios da comunicação popular, organização partidária e urgências climáticas. As falas evidenciaram a diversidade de diagnósticos e propostas dentro do partido, mas também uma forte unidade em torno da reeleição de Lula em 2026 e do enfrentamento à extrema-direita.
O terceiro e último bloco foi reservado às considerações finais. Cada chapa reforçou suas teses centrais, buscando conquistar o apoio da militância que acompanha o processo tanto presencialmente quanto pelas redes sociais.
O PED 2025 segue com debates e mobilizações em todo o país até o dia 6 de julho, quando os filiados e filiadas irão às urnas escolher quem conduzirá o Partido dos Trabalhadores pelos próximos quatro anos. Todas as oito chapas estão comprometidas com a democracia interna e o fortalecimento do partido.
O que é o PED
O PED (Processo de Eleição Direta) é um instrumento fundamental da democracia interna do PT. Nele, filiadas e filiados vão às urnas para renovar as direções do partido em todas as instâncias: municipais, regionais, estaduais e nacional.
Mais do que uma disputa por cargos, é um momento de aprofundamento do debate político, de escuta das bases e de fortalecimento de um partido mais plural, representativo e conectado à diversidade da sociedade brasileira. Ao promover a eleição direta dos seus dirigentes, o PT reafirma seu compromisso com a participação popular e com a construção coletiva de um projeto de transformação para o Brasil.
Conheça as teses de todas as chapas:
Luta, PT e Resistência Socialista: lutar contra a desigualdade e oela democracia, nº 200
Diálogo e Ação Petista – Virar à Esquerda, nº 210
Somos Todos PT em Movimento, nº 250
Derrotar a Extrema-Direita e Avançar na Construção de um Novo Brasil, nº 280
Muda PT, Lutar é o Caminho. Lula 2026!, nº 290
A força da Militância com Edinho e Lula, nº 299
Da Redação