Putin e Lula em reunião na Rússia. Foto: Reprodução

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou neste domingo (11), em Moscou, que está disposto a retomar negociações diretas com a Ucrânia, sem impor pré-condições. A proposta foi feita durante uma coletiva de imprensa após eventos internacionais ligados à celebração dos 80 anos do Dia da Vitória.

O líder russo sugeriu que o novo encontro ocorra em Istambul, na próxima quinta-feira (15). Ele destacou que a cidade turca já sediou conversas anteriores entre os dois países em 2022, antes de serem interrompidas por decisão ucraniana. “Não fomos nós que interrompemos as negociações em 2022, mas o lado ucraniano”, afirmou.

Em uma conversa na sexta-feira (9), o presidente Lula (PT) já havia defendido que a Rússia estendesse o cessar-fogo na guerra com a Ucrânia. O apelo teria ocorrido em diálogo direto entre o presidente brasileiro e o líder russo. Segundo diplomatas brasileiros, após ouvir Lula, o chefe de Estado russo teria elogiado o governo brasileiro. Naquele momento, porém, Putin não havia respondido à proposta de imediato.

O chefe de Estado reafirmou que Moscou nunca se afastou do diálogo com Kiev. Segundo ele, “propusemos repetidamente medidas de cessar-fogo e nunca rejeitamos o diálogo com o lado ucraniano”. Ele reforçou o convite para que as autoridades ucranianas retornem às conversas que haviam abandonado.

De acordo com Putin, essas conversas poderiam ser um passo em direção a uma paz duradoura e sólida.

Putin também afirmou que pretende discutir a proposta com o presidente da Turquia, Tayyip Erdoğan, em busca de uma solução que leve à estabilidade da região. Para o presidente russo, o objetivo é construir uma paz de longo prazo baseada nas causas reais do conflito.

“Estamos comprometidos com negociações sérias com a Ucrânia, com o objetivo de eliminar as causas fundamentais do conflito e estabelecer uma paz duradoura e de longo prazo para um futuro histórico”, declarou Putin. Ele ainda mencionou a possibilidade de um novo acordo de cessar-fogo, desde que seja respeitado por ambas as partes.

Ao mesmo tempo, o presidente russo afirmou que o movimento em direção à diplomacia não deve ser interpretado como um sinal de fraqueza. Segundo ele, as Forças Armadas ucranianas continuam se rearmando e fortalecendo suas posições defensivas. “Quem precisa de uma paz assim?”, questionou.

O mandatário acusou as autoridades de Kiev e “aqueles que as controlam” de prolongar o conflito por interesses políticos próprios. De acordo com ele, essas decisões não representam a vontade da população, mas sim de setores nacionalistas aliados a interesses externos.

Putin finalizou seu pronunciamento afirmando que a Rússia permanece aberta ao diálogo, desde que haja compromisso real por parte da Ucrânia.

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Last Update: 11/05/2025