O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, ameaçou deixar a coalizão política que mantém o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no poder caso um acordo de cessar-fogo com o Hamas fosse aprovado.

Segundo o jornal libanês Al Mayadeen, Ben-Gvir (líder do partido Otzma Yehudit) criticou abertamente o acordo mediado pelo Catar, Egito e Estados Unidos, descrevendo-o como “imprudente” e que as concessões feitas minam as conquistas da ocupação israelense.

De acordo com o político extremista, o acordo “o envolve a libertação de centenas de assassinos, o retorno de centenas de milhares de moradores de Gaza para o setor norte, incluindo milhares de terroristas, a retirada da Rota Filadélfia e um cessar-fogo”.

Ao enfatizar a posição de seu partido, Ben Gvir destacou que não vai derrubar Netanyahu e nem cooperar com a esquerda, mas que não irá fazer parte de um governo “que aprova um acordo que fornece uma recompensa significativa ao Hamas e arrisca outra catástrofe como a de 07 de outubro”.

Na visão do jornalista israelense Liel Dafna, do Canal 12, a posição do ministro tem como objetivo atrair Bezalel Smotrich, líder do Partido Sionista Religioso (e que já declarou ter como objetivo de vida impedir a formação de um Estado palestino), e outros integrantes do Likud Knesset para se colocarem contrários ao acordo.

Vale lembrar que, algumas horas após palestinos celebrarem um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de supostamente criar uma “crise de última hora” sobre o acordo e adiou a votação prevista para ratificar o cessar-fogo. O grupo rejeita as alegações. 

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Last Update: 16/01/2025