Uma catástrofe sanitária está prestes a eclodir em Gaza, ameaçando a vida de recém-nascidos e prematuros, pela falta total de fórmula infantil, ocasionada pelo cerco israelense e a guerra em curso sufoca a região. A notícia vem do Complexo Médico Nasser, na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza.

Declarações de fontes médicas feitas à WAFA News Agency, dão conta que “centenas de bebês prematuros e recém-nascidos estão agora entre a vida e a morte porque a fórmula infantil não está mais disponível — nem em hospitais, farmácias, mercados ou depósitos de organizações médicas”.

“Esses bebês minúsculos estão lutando para sobreviver, ofegantes, sem culpa própria”, acrescentou a fonte. “Suas mães permanecem impotentes, observando seus filhos definharem diante de seus olhos.”

As passagens de fronteira de Gaza estão fechadas há mais de quatro meses, sem que a ajuda humanitária possa entrar, incluindo alimentos e suprimentos médicos (principalmente fórmula infantil).

Segundo a fonte médica, os estoques de fórmula nos armazéns de saúde locais e internacionais atingiram um nível crítico há quase três semanas e devem se esgotar rapidamente. E quando isso acontecer, os bebês prematuros e recém-nascidos não conseguirão sobreviver.

Apesar dos apelos feitos, pouca atenção se dá à terrível situação de Gaza. Os olhos do mundo se voltaram para a guerra entre Irã e Israel, deixando Gaza, que sofre frequentes interrupções nos serviços de internet e comunicação.

Em breve, a equipe médica poderá ser forçada a substituir fórmulas por soluções intravenosas, o que, segundo a fonte médica, pode representar sérios riscos à saúde, incluindo desequilíbrios perigosos nos eletrólitos do sangue — uma complicação potencialmente fatal.

A unidade neonatal do Complexo Médico Nasser recebe 22 novos casos diariamente, a maioria bebês com desnutrição e má absorção. Além disso, centenas de bebês fora do hospital também precisam urgentemente de fórmulas.

Desde 2 de março, Israel mantém um bloqueio rigoroso em Gaza, negando a entrada de ajuda humanitária retida na fronteira e implementando o que grupos de direitos humanos chamam de política de fome deliberada contra os 2,4 milhões de habitantes do território. O bloqueio mergulhou a população em uma fase de fome, que já ceifou inúmeras vidas.

Com informações da WAFA News Agency

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Last Update: 21/06/2025