Na última quarta-feira (4), cerca de 500 famílias do MST ocuparam a área do Espelho d’Água, no Projeto Salitre, em Juazeiro, na Bahia.
A ocupação faz parte de um movimento de pressão promovido pelos Trabalhadores Rurais Sem-Terra contra o Governo Federal e seus órgãos que cuida dessa pasta.
A área já foi ocupada diversas vezes pelo movimento, pois o local já foi objeto de negociação entre o MST, o Governo Federal e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), essa negociação previa o assentamento de famílias que ocupavam áreas no entorno e na reserva do Perímetro Irrigado Nilo Coelho, em Petrolina (PE), porém isso nunca foi cumprido.
O acordo incluía, além da terra, implantação de sistema de irrigação, assistência técnica, acesso à água, fornecimento de maquinário e transporte para escoamento da produção. A ocupação ocorreu novamente, pois até o momento não foram implementados pela Codevasf.
Diante desse impasse o acampamento segue firme reivindicando algum essencial aos trabalhadores, que é a terra para nela viver e cultivar. É preciso uma ampla mobilização do Trabalhadores sem-terra para pressionar por maior agilidade na realização da reforma agrária no País.
Os trabalhadores votaram no governo Lula esperando uma melhoria em suas vidas, porém como é visto nada avançou nesse quesito.