O fundador e CEO da Chilli Beans, Caito Maia, anunciou que a empresa não utilizará mais o dólar nas negociações com fornecedores da China, adotando o pagamento em renminbi.
A decisão, segundo ele, é definitiva e faz parte de uma estratégia para reduzir custos e ampliar a competitividade da marca no cenário internacional. “A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais e que façamos todas as transições diretamente com a China: em termos de moeda, compra, comércio, tudo”, afirmou em entrevista ao podcast De frente com CEO, da Exame.
A mudança foi impulsionada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.
O CEO destacou que a relação com o mercado chinês é de longa data e se mantém sólida há décadas. “Nossa parceria com a China não é de hoje. Há 30 anos nós somos ‘apadrinhados’ pelo mercado chinês: fomos levados para lá, apresentados para as fábricas e temos os mesmos parceiros há 25 anos”, disse.
Além da China, a Chilli Beans aposta na expansão pela Ásia, com presença consolidada na Indonésia, onde já conta com 10 pontos de venda e pretende crescer ainda mais. Maia vê o continente como um mercado estratégico para o fortalecimento da marca e a diversificação das operações internacionais.
Com faturamento anual de R$ 1,4 bilhão, a empresa traçou como meta atingir 3.200 lojas nos próximos cinco anos. Um dos projetos de destaque é o Eco Chilli, que prevê a instalação de contêineres sustentáveis em cidades com menos de 50 mil habitantes.
