Um estudo do Instituto Pólis revela que os imóveis ociosos e terrenos vazios no centro de São Paulo poderiam abrigar 100% da população que vive em situação de rua na cidade ou 91% dos moradores que residem em áreas de risco.
O levantamento, baseado nos dados do Censo 2022 e da base de dados do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) paulistano de 2024, estima que 202 mil famílias de baixa renda poderiam ser beneficiadas caso esses locais fossem destinados para projetos de habitação popular.
Ao todo, o estudo contabilizou 87.427 mil domicílios inutilizados, além de uma área equivalente a 2,51 milhões de metros quadrados de terrenos vazios no centro paulistano, que poderiam sediar a construção de 114,8 mil novas residências.
Outros benefícios
O estudo também aponta outros benefícios caso esses imóveis fossem ocupados, como a redução de problemas climáticos. Considerando os dados de deslocamento em São Paulo entre 2002 e 2022, o Instituto estima que a promoção de moradias populares no centro teria poupado a emissão de 4,4 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.
Além disso, segundo o estudo, essas possíveis moradias no centro paulistano também resultariam em mais qualidade de vida, já que uma pessoa periférica poderia economizar até 2h35 por dia em deslocamentos se morasse na região central. Com isso, esse tempo poderia ser utilizado em outras atividades.
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