Centrão defende Tarcísio em reunião e dá ultimato a Flávio: “Dosimetria ou nada”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: Reprodução

Partidos do Centrão defenderam o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e deram um ultimato a Flávio Bolsonaro (PL-RJ) durante a reunião realizada na segunda-feira (8) em Brasília, marcada por tensão após o anúncio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que o filho seria o candidato da direita ao Planalto em 2026. Com informações do Globo.

Dirigentes do União Brasil e do PP, contrariados por não terem sido consultados, questionaram a movimentação e deixaram claro que não veem viabilidade imediata na candidatura de Flávio.

Antônio de Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) demonstraram irritação ao saber do lançamento de Flávio sem consulta prévia. Eles afirmaram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segue como o nome preferido das siglas e questionaram se Flávio pretendia “trazer para si” o ativo político da direita, construindo uma candidatura sem alianças.

Pessoas presentes disseram que, ao contrário do afirmado por Flávio na visita ao pai, nenhum estudo de viabilidade eleitoral foi apresentado no encontro.

Os líderes ainda relembraram “renúncias” feitas pelos partidos em nome da parceria com o bolsonarismo, como desembarques do governo federal e expulsões de filiados que permaneceram ao lado do presidente Lula (PT).

Diante do impasse, deram um recado direto ao senador: não apoiarão a anistia ampla defendida por Bolsonaro. Segundo relatos, o ultimato foi claro — “é dosimetria ou nada”.

presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), lado a lado, em pé, batendo palmas
O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI). Foto: Reprodução

PL da Dosimetria avança após ultimato

No dia seguinte à reunião, a Câmara aprovou o PL da dosimetria com 291 votos favoráveis e 148 contrários. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que Bolsonaro disse ao filho “que aceitava passar o Natal na cadeia, em nome das pessoas que seguem presas injustamente”. A expectativa agora é que o texto seja votado no Senado ainda este ano.

Rueda afirmou que não descarta apoiar Flávio, mas reforçou que a sigla mantém o nome de Ronaldo Caiado (União-GO) na mesa.

“Flávio tem legitimidade, mas ainda não temos nada fechado. Ele representa a direita, mas o partido segue tendo um nome colocado para a Presidência, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado”, disse Rueda.

Flávio insiste que candidatura é “irreversível”

Mesmo após o “puxão de orelha” do Centrão, Flávio Bolsonaro reforçou que sua candidatura está mantida. O senador disse que lideranças expressaram dúvidas sobre sua capacidade de “tracionar”, mas contestou a avaliação.

“Minha relação com Ciro, Rueda e outros nomes é muito boa. Eles se preocuparam com o meu nome, com base em pesquisas, de eu não tracionar. Meu nome está tracionado. Reforcei a eles que minha candidatura é irreversível e ouvi a mesma mensagem do meu pai, Jair Bolsonaro, na visita de hoje: é um movimento irreversível”, declarou.

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