
O assessor da Presidência, João Pedro, chegou a Caracas, Venezuela, na sexta-feira (27) e se encontrou com Eduardo Silva, chanceler do país.
Durante o encontro, discutiram o processo eleitoral que ocorrerá no domingo (28) em turno único. “Recebemos João Pedro, assessor do Brasil para Assuntos Internacionais, que chegou ao país para acompanhar o processo eleitoral em 28 de julho. Durante uma reunião cordial, discutimos a relevância dessas eleições e a atmosfera de paz na Venezuela”, anunciou Silva em seu perfil no X, antigo Twitter.
Silva também destacou a “organização impecável” do processo eleitoral pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), chamando-o de um dos “mais transparentes e seguros do mundo”. Eles também abordaram os desafios de transmitir informações verdadeiras, respeitando a legislação venezuelana.
Recibimos a João Pedro, asesor para Asuntos Internacionales de Brasil, quien arribó al país para acompañar el proceso electoral del #28Jul. Durante una reunión cordial, discutimos la relevancia de estos comicios y el ambiente de paz que se respira en Venezuela, de la impecable… pic.twitter.com/eSyA58AeER
— Eduardo Silva (@EduardoSilva) July 27, 2024
Relação de Maduro com Lula
O encontro ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrar preocupado com as recentes declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que afirmou que haveria um “banho de sangue” caso ele perdesse as eleições marcadas para o próximo domingo (28).
Em uma entrevista concedida no Palácio da Alvorada a agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press na segunda-feira (22), Lula manifestou seu espanto com as palavras de Maduro.
“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, disse o presidente brasileiro, segundo a Reuters.
Após isso, Maduro disse, sem mencionar o nome de Lula, que os preocupados com suas falas “deveriam tomar chá de camomila”.
Maduro mandou Lula tomar camomila.
Motivo: petista se disse “assustado” com fala do ditador (ele não chama assim) sobre “banho de sangue” em caso de derrota.
Assista às declarações.
Tudo cena. Com ou sem chá, Lula defende ditadura e sua farsa eleitoral.https://t.co/AtMGw5EA34 pic.twitter.com/XlFIE05a9H
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) July 24, 2024