O jornal Valor Econômico revela que o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, teria conversado informalmente com o presidente Lula sobre a ideia de propor uma espécie de segundo turno na Venezuela, como solução para a crise instalada desde a proclamada vitória de Nicolás Maduro sobre o opositor Edmundo González, que acusa fraude eleitoral.
Amorim confirmou ao jornal que teria conversado com Lula sobre a possibilidade de propor novas eleições na Venezuela, mas ressaltou que a ideia é embrionária, ou seja, sequer foi discutida com outros países, como Colômbia e México.
Amorim esteve na Venezuela para acompanhar as eleições e aguardou até que as atas fossem apresentadas para sanar as acusações de que houve fraude eleitoral em favor de Maduro. No entanto, as atas não foram apresentadas à imprensa.
Brasil, Colômbia e México buscam diálogo junto à Venezuela, na tentativa de solucionar a crise. Outros países, como Estados Unidos e Argentina, posicionaram-se ao lado da denúncia de fraude.
A discussão informal a respeito de novas eleições na Venezuela não muda a posição do presidente Lula: o Brasil seguirá exigindo a apresentação das atas, através do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para somente depois reconhecer o vencedor das eleições.
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