O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, declarou na sexta-feira 2 que a crise que a Venezuela enfrenta após suas eleições é um assunto para a América Latina resolver.
Sem mencionar os Estados Unidos, Amorim criticou o que chamou de “interferências extrarregionais”. “Isso [eleições na Venezuela] é uma coisa latino-americana, que latino-americanos têm que resolver”, afirmou em entrevista à CNN.
As declarações de Amorim são após o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, afirmar que o candidato opositor venezuelano, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições presidenciais da Venezuela.
O ex-chanceler ressaltou ainda o diálogo do governo Lula (PT) com outros líderes da região. “Muito importante o presidente Lula também estar em contato com o presidente do México, López Obrador, e com o presidente Petro, da Colômbia. São três países latino-americanos diretamente interessados nessa questão”, disse.
Na quinta-feira, os governos do Brasil, Colômbia e México reiteraram uma cobrança à Venezuela pela divulgação das atas da eleição.
Atualmente, a posição do Brasil é do não reconhecimento da vitória de Maduro enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não apresentar as atas.
