A Polícia Civil informou nesta terça-feira (18) que Maicol Sales dos Santos, único suspeito preso pelo assassinato de Vitória Sousa, confessou ter esfaqueado e matado a adolescente por vingança. Segundo as autoridades, o homem de 27 anos afirmou que agiu sozinho porque não era correspondido pela jovem.
Vitória, de 17 anos, desapareceu no dia 26 de fevereiro e teve seu corpo encontrado em 5 de março, em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. Durante depoimento na delegacia, Maicol relatou que abordou Vitória assim que ela desceu do ônibus e a convidou para entrar no carro.
No interior do veículo, os dois teriam se desentendido, momento em que ele pegou uma faca ao lado do banco do passageiro e desferiu dois golpes na vítima ainda dentro do carro. Após o crime, Maicol afirmou ter entrado em desespero, ido para casa buscar uma enxada e colocado o corpo no porta-malas.
Depois, levou a jovem para uma área de mata, cavou uma cova rasa e abandonou o corpo sem roupas. No dia seguinte, ele seguiu sua rotina normalmente, foi trabalhar e, ao retornar, queimou as roupas e descartou a faca usada no crime em um rio.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Vitória foi morta com três facadas e que não havia sinais de violência sexual. O delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil da Grande São Paulo, afirmou que não há dúvidas sobre a autoria do crime.
“Ontem [segunda] à noite ele quis confessar o crime. Ele falou: ‘Eu quero confessar”. E nesse impasse, os advogados dele foram embora [da delegacia]”, falou Luiz Carlos.
A perícia do celular de Maicol indicou que ele visualizou uma foto postada por Vitória no ponto de ônibus cerca de 20 minutos antes de ela desembarcar no bairro onde morava. Testemunhas também afirmaram ter visto o carro do suspeito próximo ao local onde a adolescente desapareceu.
Câmeras de segurança registraram Vitória deixando o shopping onde trabalhava e indo ao ponto de ônibus. Durante o trajeto, a jovem enviou áudios para uma amiga relatando que estava com medo de dois rapazes que embarcaram no mesmo coletivo.
Mais tarde, ela mencionou que um carro com outros dois homens passou por ela e a assediaram, mas disse que eles entraram em uma favela e que estava tudo bem. Depois disso, não foi mais vista. O corpo de Vitória foi encontrado por cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) no dia 5 de março e enterrado sob forte comoção no dia seguinte, no cemitério municipal da cidade.
