O jornal conservador, The Wall Street Journal, admitiu não ter provas concretas que sustentem suas alegações de que funcionários da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente) colaboraram com o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica). A editora-chefe do jornal norte-americano, Elena Cherney, reconheceu que não possui evidências para corroborar as alegações publicadas em janeiro de que “vários” funcionários da UNRWA estavam envolvidos na operação Dilúvio de Al-Aqsa.
“O fato de as alegações israelenses não terem sido apoiadas por evidências sólidas não significa que nossa reportagem foi imprecisa ou enganosa, que a retiramos ou que há um erro corrigível aqui”, afirmou Cherney na época, numa tentativa de justificar a falta de provas.
Em março, a Reuters informou que, após semanas de uma campanha direcionada incessante de “Israel” contra a agência da ONU, a UNRWA disse em um relatório não publicado que alguns de seus funcionários foram coagidos a afirmar falsamente que tinham vínculos com o movimento de resistência palestina
Fontes alternativas informaram ao Semafor que, desde a publicação do artigo do The Wall Street Journal, seus jornalistas tentaram validar as informações mencionadas várias vezes, mas não conseguiram alcançar uma comprovação adequada. Eles também revelaram que jornalistas, que cobrem a guerra na Faixa de Gaza, frequentemente expressaram preocupação com a cobertura tendenciosa e exagerada do jornal em relação a “Israel”. A informação anteriormente divulgada era de que, em janeiro, 12 dos 12.000 membros da UNRWA teriam participado da operação do dia 7 de outubro, o que agora se revela como mais uma das mentiras disseminadas.
“Israel” derrotado onde era mais forte, a propaganda
O aparelho de propaganda israelense desempenhou um papel fundamental ao longo de 75 anos em sustentar e promover a opressão sistemática contra os palestinos. No entanto, o Hamas desmantelou a farsa sustentada pelo imperialismo e expôs abertamente o caráter fascista dos sionistas. Desde o dia 7 de outubro, diversas denúncias grotescas e infundadas foram divulgadas por “Israel” e endossadas pela imprensa imperialista mundial. Entre as mentiras divulgadas estavam relatos falsos de estupros em massa, assassinatos em uma festa e até 40 bebês decapitados, entre outras fabricadas.
Antes, o New York Times, outro veículo de imprensa do imperialismo, foi obrigado a retirar as acusações de estupro em massa contra o Hamas, noticiado neste Diário. Em dezembro, o New York Times publicou uma longa “investigação” em que detalhava múltiplos relatos de violência sexual alegadamente cometida por combatentes do Hamas, incluindo violações e mutilação recolhidas a partir de entrevistas com testemunhas, familiares das vítimas, trabalhadores de emergência e funcionários.
Após investigações posteriores, ficou evidente que não havia provas e muito menos testemunhas, como demonstrou o The Intercept, que em março entrevistou membros do kibutz que disseram que as informações do NYT estavam erradas. Nili Bar Sinai, membro de um grupo de kibutz que investigou alegações de agressão sexual na casa, disse: “Esta história é falsa”. “Até recentemente, todos pensávamos que era verdade”, disse Amit Solvy, um vizinho. O Hamas rejeitou veementemente todas as acusações.
A estratégia de falsificar os acontecimentos, apesar do pesado investimento e do suporte da imprensa mundial, não está conseguindo enganar a opinião global. Está se tornando cada vez mais evidente para a classe trabalhadora mundial que “Israel” está cometendo uma carnificina sem precedentes na Faixa de Gaza.
O objetivo das calúnias é ocultar a importância da resistência armada palestina.
Os números oficiais, embora ainda subestimados, indicam que aproximadamente 41 mil civis foram assassinados até o momento, incluindo 8.400 mulheres e 15.000 crianças. Esse cenário configura a guerra (proporcionalmente) que mais matou crianças até hoje. As mentiras espalhadas pela propaganda sionista não conseguem ocultar a realidade brutal e a injustiça flagrante enfrentadas pelos palestinos, por isso mesmo que “Israel”, além das derrotas militares e políticas, perde também na sua praia, o campo da propaganda.