O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça, nesta segunda-feira 17, seis acusados de participação direta no assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, em novembro do ano passado, no Aeroporto de Guarulhos (SP).
A denúncia tem como base o relatório final sobre o caso, apresentado pela Polícia Civil na sexta-feira 14.
Também recaem sobre os suspeitos a morte de um motorista de aplicativo, atingido por uma bala perdida na emboscada ao delator do PCC, e duas tentativas de homicídio contra pessoas feridas por estilhaços.
Três policiais militares são apontados como os executores do crime: o cabo Denis Martins e o soldado Ruan Rodrigues são acusados de usar fuzis para matar Gritzbach e respondem diretamente pelos dois homicídios e pelas duas tentativas. Já o tenente Fernando Genauro é acusado de ajudar a dupla na execução ao levá-la de carro até o local do crime e depois auxiliá-la na fuga. Ele responde como co-autor.
A investigação aponta Kauê Amaral como “olheiro” do aeroporto, responsável por transmitir informações aos atiradores e monitorar os passos de Gritzbach até a execução. Emílio Gongorra, o “Cigarreira”, e Diego Amaral, o “Didi”, por fim, são considerados os mandantes do assassinato.
Os promotores denunciaram os envolvidos por homicídio qualificado, com qualificadoras por motivo torpe, emprego de arma de fogo e emboscada. O MP também pediu a conversão dos mandados de prisão temporária dos envolvidos em mandados de prisão preventiva, sem prazo definido para se encerrar. A Justiça ainda não se manifestou a respeito.
Até o momento, apenas os PMs Denis, Ruan e Fernando estão presos. Os outros denunciados não foram localizados pela polícia.
Segundo a investigação, Gritzbach foi executado por vingança, acusado de mandar matar dois integrantes do PCC: Anselmo Santa Fausta o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.