O empresário Vinicius Gritzbach, acusado de lavar dinheiro para organizações criminosas – Foto: Reprodução

A morte do empresário Vinicius Gritzbach revelou a participação de pelo menos 27 policiais de São Paulo em atividades ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho (CV). A investigação, conduzida pela Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar, identificou a conexão entre os agentes e o crime organizado após o assassinato, ocorrido em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil, o criminoso foi morto por ordem do PCC e do CV, com apoio de policiais militares. A força-tarefa montada após o crime levou à prisão de 26 policiais por crimes como homicídio e corrupção.

Entre os principais suspeitos estão o cabo Denis Antonio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro da Silva, que participaram diretamente do ataque.

A Polícia Civil identificou que os mandantes do crime foram Emilio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como “Cigarreira”, e Diego dos Santos Amaral, o “Didi”, ambos ligados às facções. Eles teriam ordenado a morte após Gritzbach desviar cerca de R$ 100 milhões em moedas digitais. Segundo a investigação, “Cigarreira” e “Didi” estão foragidos, possivelmente escondidos no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.

Emilio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como “Cigarreira”, um dos mandantes do assassinato de Vinicius Gritzbach – Foto: Reprodução

A Polícia Federal apurava denúncias de corrupção feitas por Gritzbach em uma delação premiada.

Paralelamente, a Polícia Militar investiga o envolvimento de seus agentes na segurança particular de Gritzbach, prática proibida pela corporação.

A Corregedoria já prendeu 15 PMs da equipe de escolta por crimes como organização criminosa armada e falsidade ideológica. Outros três policiais militares também estão presos, acusados de participação direta na morte do empresário.

As investigações seguem em andamento com novos desdobramentos. O Ministério Público apresentou denúncia contra os principais acusados, que agora são réus. A polícia continua apurando a atuação de outros agentes e que possam ter participado do esquema revelado após a morte de Gritzbach.

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Last Update: 26/05/2025