A Casa Branca impediu a participação de um repórter da Associated Press em um ato no Salão Oval, nesta terça-feira 11, após a agência se negar a chamar o Golfo do México de “Golfo da América”. A mudança consta de um decreto assinado pelo presidente Donald Trump.
Julie Pace, vice-presidente sênior e editora-executiva da AP, classificou de “inaceitável” a conduta do governo. “É alarmante que o governo Trump puna a AP por seu jornalismo independente”, afirmou. “Não apenas impede o acesso do público a notícias independentes, como viola claramente a Primeira Emenda.”
A ordem de Trump para renomear o Golfo do México como “Golfo da América” se baseia em sua importância para produção de petróleo, pesca e turismo nos Estados Unidos.
A Guarda Costeira dos EUA adotou imediatamente o novo nome e o governador da Flórida, Ron DeSantis, rapidamente o utilizou. O Google Maps também anunciou que acolheria prontamente a nova ordem.
Segundo o Google, as alterações estão alinhadas com sua política de seguir as designações geográficas oficiais do governo dos Estados Unidos por meio do Sistema de Informações de Nomes Geográficos.
A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, reagiu afirmando que os Estados Unidos deveriam se chamar “América Mexicana“, diante de um mapa-mundi do século XVII, no qual a região da América do Norte aparece com esse nome.
