
O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais no último domingo (4) para afirmar que tem “uma pessoa em casa” responsável por cuidar de suas “necessidades”.
Carluxo se referia à operação da Polícia Federal (PF) realizada em janeiro do ano passado, quando foi alvo de busca e apreensão no âmbito de uma investigação sobre suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro — caso que ficou conhecido como “Abin paralela”.
“Passado mais de um ano desde que a Polícia Federal entrou e arregaçou toda a minha casa, fez buscas e apreensões em outros locais com uso imediato de helicóptero e todo o carnaval que se viu, além de mais de cinco intimações vexatórias para depor sobre situações sem sentido algum – e muitos outros absurdos”, iniciou Carluxo no X.
“Hoje, tento evitar ficar em casa no RJ para não me lembrar e não ter que organizar totalmente minhas coisas. Ainda não tive meus pertences devolvidos após as apreensões, e muitas outras coisas continuam fora do lugar. Tenho uma pessoa que, graças a Deus, cuida de outras necessidades na minha residência. Hoje entrei no quarto de ferramentas, totalmente devastado, cheio de amontoados, e reorganizei muita coisa.”
E concluiu: “É muita sujeira. Como eu queria que isso ainda fosse resolvido como os homens sempre fizeram, mas a covardia impera, e temos que conviver com isso que chamam de democracia – onde você é violentado por todos os lados.”
Passado mais de um ano desde que a Polícia Federal entrou e arregaçou toda a minha casa, fez buscas e apreensões em outros locais com uso imediato de helicóptero e todo o carnaval que se viu, além de mais de cinco intimações vexatórias para depor sobre situações sem sentido algum…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) May 4, 2025
Na ocasião, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e em sua residência, na Barra da Tijuca. Além disso, um mandado foi executado na casa da família, em Angra dos Reis, no litoral fluminense, onde Carlos estava com o pai.
Os agentes apreenderam um laptop, um pendrive, cartões de memória e outras mídias digitais.
Carluxo é suspeito de ter sido um dos destinatários das informações obtidas de forma clandestina pela Abin. Em abril deste ano, ele prestou depoimento à PF sobre sua relação com o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL. Carlos teria negado qualquer vínculo próximo com o parlamentar.
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