O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luís Eduardo Cappelli, decidiu abrir uma licitação para contratar empresas nacionais que oferecem aplicativos de mensagens semelhantes ao WhatsApp. A decisão tem como objetivo garantir o sigilo das comunicações na alta cúpula do governo. A Folha de S.Paulo noticiou o fato como se o governo pretendesse banir o aplicativo de mensagens do país.
A iniciativa de Cappelli surge em resposta aos frequentes casos de vazamentos de conversas por aplicativos estrangeiros.
O caso mais recente envolve o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o gabinete de Moraes no STF teria pedido informalmente que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) produzisse relatórios sobre investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.
O presidente da ABDI argumentou que grandes plataformas de mensagens não devem ser utilizadas para a troca de informações governamentais e interinstitucionais. “Alguém tem de ser o primeiro”, afirmou ao Painel S.A.
Além disso, o presidente da ABDI destacou que já cogitava essa medida quando ocupava cargo no Ministério da Justiça.
No Twitter, Cappelli ressaltou que o WhatsApp não será banido. “Não queremos banir ninguém, apenas proteger a nossa soberania”, escreveu.
Calma, @folha ! O que faremos é proteger as informações da nossa agência, comunicação corporativa. Alguém acha que o governo alemão ou francês se comunica pelo whatsapp? Não queremos banir ninguém, apenas proteger a nossa SOBERANIA. pic.twitter.com/K3nBdNm4qq
— Luís Eduardo Cappelli (@RicardoCappelli) August 19, 2024