O candidato presidencial romeno George Simion, líder da Aliança pela União dos Romenos (AUR), acusou o presidente francês Emmanuel Macron de interferir no processo eleitoral da Romênia, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo domingo (18). Em entrevista ao canal francês CNews na última terça-feira (13), Simion declarou: “amo a França e o povo francês, mas não gosto das tendências ditatoriais de Emmanuel Macron” e “não respeito a intervenção de Emmanuel Macron em nossa democracia”.

Ele alega que o embaixador francês na Romênia discutiu as eleições com o presidente da Corte Constitucional, que anulou a votação de 2024 por suposta interferência russa, e teria feito lobby junto a empresários para apoiar seu adversário, o prefeito de Bucareste, Nicușor Dan. Simion, de 38 anos, lidera as pesquisas com 49%, contra 46% de Dan, segundo o Poll of Polls da revista Politico, publicado na última quinta-feira (15).

No primeiro turno, ele obteve 41% dos votos, enquanto Dan alcançou 21%. Durante visita a Bruxelas na última segunda-feira (12), Simion afirmou à Politico: “estamos basicamente vencendo. A única coisa que precisamos é de eleições justas e livres. […] Acho que será uma vitória esmagadora”. Ele defende uma plataforma nacionalista, oposta ao envio de ajuda militar à Ucrânia e favorável à unificação com a Moldávia. Dan, de 55 anos, é um centrista independente, pró-imperialista e favorável a uma postura dura contra a Rússia.

A anulação da eleição de 2024, decidida pela Corte Constitucional em dezembro, gerou controvérsias. Segundo a agência AP, a decisão foi motivada por alegações de manipulação russa, mas Simion questiona a legitimidade do processo, apontando influências externas, incluindo a suposta atuação francesa. O governo francês não respondeu às acusações até o momento.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 17/05/2025