
Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, firmou um termo de compromisso com a autarquia e terá de pagar R$ 300 mil por falhas identificadas no controle de operações de câmbio do Santander, onde atuava como diretor de Tesouraria. Com informações da Folha.
O pagamento deverá ser feito em até 30 dias a partir da assinatura do acordo, em 2 de junho. A quantia representa uma contribuição pecuniária, instrumento usado para encerrar investigações administrativas sem confissão de culpa.
Segundo o Bacen, o processo apurava possíveis falhas na verificação da legalidade das operações de câmbio e na certificação da qualificação dos clientes durante a atuação de Campos Neto na instituição financeira. O termo, no entanto, não implica reconhecimento de ilicitude. O próprio documento define a medida como “solução das supostas práticas sob investigação”.
A defesa do economista afirmou que o acordo foi firmado por exigências de governança internacional, já que ele assumirá, a partir de 1º de julho, os cargos de vice-chairman e chefe global de políticas públicas no Nubank.
O Santander também se manifestou, informando que “atua em conformidade com as normas brasileiras e boas práticas internacionais de prevenção a crimes financeiros” e que o termo de compromisso reforça o compromisso do banco com a melhoria contínua de seus controles internos.

Campos Neto trabalhou por quase 18 anos no Santander, com passagens importantes na área de renda fixa, trading e tesouraria.
O termo de compromisso prevê cobrança de juros de 1% ao mês e multa de 2% em caso de não pagamento no prazo. Se o acordo for descumprido total ou parcialmente, o Banco Central pode adotar medidas administrativas e judiciais para cobrança e retomada do processo administrativo sancionador, incluindo sanções cabíveis.