A Polícia Militar (PM) do estado de Alagoas, sob às ordens do governador Paulo Dantas (MDB), aliado de primeira linha do governo Lula, juntamente com os capangas da usina Utinga Leão, prenderam cinco camponeses em luta pela reforma agrária nas terras dos marechais.
Essa repressão contou com a participação de cinco viaturas da PM, cinco carros da usina, uma retroescavadeira e, pasmem, tudo isso sem nenhum mandato judicial. Esses fatos são provas irrefutáveis que o executivo alagoano sempre esteve ao lado do latifúndio que, sem sombras de dúvidas, é caracterizado pela ganância e pela violência.
Esse movimento tem à frente o Liga dos Camponeses Pobres (LCP), junto com o Movimento de Insurgência Camponesa (Moica), liderado pelo ativista Fumaça.
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Uma sequência de ataques
Outra investida repressiva aconteceu dias atrás fazendo com que os trabalhadores e as trabalhadoras de três assentamentos fossem expulsos das terras a golpes de cacetetes, bombas de efeito moral, gás de pimenta e se refugiassem em uma escola pública na cidade Messias, interior de Alagoas.
Mesmo fora das áreas do usineiro dono da Utinga Leão, os posseiros não tiveram um minuto de paz. A PM, juntamente com a pistolagem do latifúndio, queriam que os camponeses desocupassem as instalações da unidade escolar. No entanto, a resistência camponesa garantiu uma derrota parcial às forças repressivas, garantindo a permanência deles na escola.
Na última ação realizada na última segunda-feira (2), cinco camponeses foram presos. Uma manifestação foi realizada em frente ao fórum de Rio Largo, região metropolitana de Maceió, para exigir a liberdade dos encarcerados. Os camponeses foram libertos.
Essa mobilização demonstrou, segundo alguns ativistas, que o tiro da repressão policial saiu pela culatra, ou seja, não intimidou os trabalhadores rurais que seguem firmes em sua luta pela posse das terras.
O PSTU, a CSP- CONLUTAS, o agrupamento Ofensiva Socialista estão no apoio incondicional à luta pela reforma agrária em Alagoas e repudiamos, com veemência, toda repressão ao movimento legítimo dos camponeses. Afinal de contas, lutar não é crime, mas uma necessidade pela sobrevivência.
— Viva à luta dos camponeses de Messias!
—Viva o acampamento Zumbi dos Palmares!
— Viva a revolução agrária! Morte ao latifúndio!
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