A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira 11, um projeto de lei que institui a Política Nacional de Enfrentamento à Infecção pelo Papilomavírus Humano, o HPV. A proposta segue ao Senado.
De autoria de Laura Carneiro (PSD-RJ) e Weliton Prado (Solidariedade-MG), o texto detalha as ações a serem adotadas, entre iniciativas preventivas, de diagnóstico e curativas.
A vacinação será a principal ação preventiva. No diagnóstico, há exame físico, testes locais, colposcopia, citologia, biópsia, testes sorológicos e testes moleculares.
As de natureza curativa — quando a doença já está instalada — contemplam o tratamento local domiciliar e o tratamento ambulatorial.
Para os parceiros de portadores de infecção por HPV deverá ser ofertado um acompanhamento clínico, já que a doença é sexualmente transmissível.
O texto da relatora, Ana Paula Lima (PT-SC), estipula ainda as diretrizes da política nacional, como o desenvolvimento de ações, debates e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e instituições de pesquisa, além da divulgação do fato de que a infecção por HPV, o câncer de colo de útero e o câncer de pênis podem ser prevenidos.
Segundo Weliton Prado, um dos autores do projeto e presidente da comissão especial de Combate ao Câncer no Brasil, 18 mulheres morrem por dia no País por câncer causado pelo HPV. “É o segundo que mais mata mulheres, e podemos erradicá-lo e salvar vidas.”
Laura Carneiro ressaltou que o teste molecular possibilita que as mulheres recebam um diagnóstico precoce de câncer do colo do útero e que os homens identifiquem de modo precoce o câncer do órgão reprodutor masculino. “A Casa é capaz de transformar a saúde com métodos novos e dá garantia do direito às mulheres.”
(Com informações da Agência Câmara de Notícias)