Calvície em homens e mulheres: entenda as diferenças e as causas

Embora muitas mulheres também enfrentem queda de cabelo ao longo da vida, é entre os homens que a alopecia androgenética — nome científico da calvície de padrão masculino — tende a surgir com maior frequência e de maneira mais precoce.

Geralmente, eles começam a perceber a ausência de cabelo no topo da cabeça, enquanto os fios das laterais e da nuca permanecem. A médica tricologista Dra. Márcia San Juan Dertkigil explica que isso está relacionado à ação dos hormônios e à predisposição genética.

“Os homens têm níveis mais altos de testosterona, que se transforma em uma substância chamada dihidrotestosterona (DHT). Esse hormônio atua diretamente sobre os folículos do topo e da frente da cabeça, que são mais sensíveis a ele, fazendo com que os fios fiquem mais finos e, com o tempo, parem de crescer”, explica.

Os fios das laterais e da nuca, por outro lado, não sofrem o mesmo efeito e por isso continuam crescendo normalmente. “Essas áreas são menos sensíveis à DHT. É por isso que os cabelos dos lados e da parte de trás permanecem, mesmo em homens com calvície avançada”, completa a médica.

Calvície é mais comum nos homens

Segundo a médica tricologista, a ação hormonal é o principal fator que faz com que os homens fiquem calvos antes das mulheres. “A testosterona e sua forma ativa, a DHT, estão diretamente ligadas ao afinamento dos fios. Como os homens produzem mais desses hormônios, a calvície tende a aparecer mais cedo e de maneira mais acentuada”, explica.

Nas mulheres, a calvície costuma se manifestar de maneira mais difusa, sem deixar áreas totalmente calvas. “No caso delas, a queda é mais discreta e se espalha pelo couro cabeludo, o que faz com que a perda seja menos visível”, destaca a Dra. Márcia San Juan Dertkigil.

Homem com cabelo curto e barba usando blusa de manga longa vinho passando a mão no cabelo com uma mão e a outra segurando um espelho
A calvície também está relacionada à genética (Imagem: New Africa | Shutterstock)

Genética também influencia

Além dos hormônios, a genética tem papel decisivo. Se há casos de calvície na família, especialmente em parentes de primeiro grau, as chances de desenvolver o mesmo padrão de queda são maiores.

“A herança genética define a sensibilidade dos folículos à ação da DHT. É por isso que, em algumas pessoas, os fios começam a rarear ainda na juventude, enquanto outras mantêm o cabelo cheio por toda a vida”, afirma a Dra. Márcia San Juan Dertkigil.

Tratando a calvície

A médica reforça que procurar ajuda no início da perda do cabelo faz toda a diferença, e recomenda seguir esses passos: 

  • Procure um tricologista ou dermatologista especializado;
  • Evite automedicação e produtos “milagrosos”;
  • Avalie fatores hormonais, nutricionais e emocionais;
  • Considere tratamentos que estimulem o crescimento e fortaleçam os folículos.

“Quanto antes o tratamento começar, maiores são as chances de estabilizar a queda e preservar os fios. A boa notícia é que existem diversas opções seguras e eficazes hoje em dia”, conclui a Dra. Márcia San Juan Dertkigil.

Por Daiane Bombarda

Artigo Anterior

Síndrome da árvore de Natal: como evitar alergias no fim de ano

Próximo Artigo

Croquetes perfeitos: 6 receitas fáceis e crocantes para experimentar

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!