No dia 25 de junho, a direção da Caixa Econômica Federal apresentou uma proposta de reorganização estratégica da sua rede de varejo. Essa medida envolve o fechamento de 128 agências bancárias em todo o país, com a transformação de 117 delas em agências digitais, e o fechamento definitivo de 11 agências. Essa medida faz parte da política de reestruturação que a Caixa já vinha implementando há um tempo, prejudicando os funcionários e a população em geral, especialmente as mais humildes que necessitam dos serviços sociais do governo.
A direção da Caixa informa que 1.009 funcionários serão diretamente afetados, sendo que aqueles que não forem para as novas agências digitais irão reforçar as agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. No entanto, essa medida não é generosa com os funcionários, como pode parecer. Em 2020, a Caixa também apresentou uma proposta de reestruturação que levou a mudanças em várias unidades do banco, obrigando os funcionários a serem redirecionados para outras agências, muitas vezes longe de seus locais de origem.
O Banco Digital da Caixa é um instrumento de inovação tecnológica que pode beneficiar os trabalhadores e a população em geral, mas a realidade é o inverso. A categoria bancária vem diminuindo o seu quadro funcional, jogando dezenas de milhares de trabalhadores no olho da rua e prejudicando a população, especialmente as mais humildes que precisam de agências bancárias físicas para serem atendidas.
A atual reestruturação é mais um disfarce da privatização, que segue a todo o vapor. A transformação de setores da Caixa em subsidiárias é uma estratégia para destruir o patrimônio público e beneficiar banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais. Essas medidas seguem sem resistência real por parte das organizações de luta dos trabalhadores.