Este Diário, desde o início do governo Lula, já vinha alertando sobre a campanha da direita golpista para aprofundar a política de privatização da Caixa Econômica Federal, retirar uma representante dos trabalhadores, a sindicalista Rita Serrano, e colocar um representante neoliberal à frente do banco, indicado pelo Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), Carlos Antônio Vieira Fernandes, um servidor de carreira da Caixa e bolsonarista, que agora está à frente da Caixa.

Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) revela que o número de funcionários e pontos de atendimento da Caixa é o menor da última década, com uma redução de 18% no número de trabalhadores e o fechamento de 17.860 postos de trabalho em 10 anos.

Em 2014, a Caixa tinha 101.500 funcionários e hoje são apenas 83.640. No quesito pontos de atendimento, em 2014 eram 4.205 e hoje são apenas 4.170.

Em um comparativo de número de postos de atendimento e de pessoal, em comparação ao número de clientes, os dados são alarmantes. Em 2014, a Caixa tinha 101.500 funcionários e 4.205 postos de atendimento, com mais de 78 milhões de clientes, o que perfazia 772 clientes para cada empregado da Caixa. Hoje, com 83.640 funcionários e 4.170 postos de atendimento, o número de clientes mais que dobrou, chegando a mais de 153 milhões, passando para cada funcionário a responsabilidade por 1.832 clientes.

O estudo do Dieese também revela que a Caixa precisaria ter um quadro total de 198.542 funcionários para voltar a mesma relação de clientes por empregado, o que significa um déficit de 114.902 trabalhadores.

Esses números não deixam dúvida de que há uma ofensiva reacionária da direção da Caixa, cujo objetivo é destruir o único banco 100% público, preparando para a sua privatização.

Diante desse ataque da direita, as organizações de empregados da Caixa devem se organizar e mobilizar os sindicatos dos bancários, a Central Única dos Trabalhadores e os demais sindicatos dos setores produtivos, os movimentos e as organizações populares, a população em geral, para lutar contra a política neoliberal de privatizações.

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Last Update: 11/12/2024