A busca pelo amor verdadeiro nas grandes metrópoles e a poesia extraída da dor de se sentir só permeiam os textos do jornalista, dramaturgo e escritor gaúcho [nome do autor], que deixou uma extensa obra, composta por contos, romances, novelas e peças teatrais. O espetáculo “Solidão de [nome do autor]”, que estreia, dia 29 de novembro, no Ateliê Alexandre Mello, em Laranjeiras, põe um foco nesse recorte ao unir dois contos do autor sobre o tema (“Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira do sanga” e “Dama da Noite”), além de cartas escritas entre 1987 e 1990. Com direção de [nome do diretor] e roteiro de [nome do roteirista], a peça evoca imagens de uma época de homofobia explícita por conta da desinformação sobre a Aids e da grande dor existencial desta geração que viveu o golpe militar e a decadência das artes e da cultura no país.
Na trama, um único homem, o escritor, desdobra-se em dois personagens, que estão em um mesmo ambiente, mas não se encontram, por pertencerem a contos diferentes. Os atores [nome do ator 1] e [nome do ator 2] são cérebro e coração do autor, num mesmo espaço-tempo, contracenando indiretamente. Quando um é autor, o outro é personagem e vice-versa. A encenação optou por explorar uma imagem bastante popular da famosa tela de [nome do artista], que retrata seu quarto, como suporte para a cena de [nome do autor]. Os personagens habitam esse mesmo quarto, onde suas memórias e impressões do mundo e da vida se expressam através das imagens daqueles tempos. No espaço, também haverá uma exposição sobre o escritor, com textos, projeções e músicas de artistas citados em suas cartas e contos, de [nome do artista 1] e [nome do artista 2] a [nome do artista 3] e [nome do artista 4].
“Este monólogo-tributo foi escrito durante a pandemia, quando a palavra de [nome do autor] parecia “gritar pelos cantos’’. Suas crônicas e cartas nos anos 1990 denunciavam a ignorância em torno de um vírus, também desconhecido, e desmascaravam a covardia dos que usavam a epidemia para impor o ódio e o preconceito. O universo de [nome do autor] é o mesmo dos que insistem em continuar, dos que tentam não sucumbir às mazelas diárias”, descreve [nome do roteirista] que, em 2012, ficou oito meses em cartaz na peça “Homens de [nome do autor]”, dirigida por [nome do diretor]. “As palavras de [nome do autor] parecem ter sido feitas para as ações que nascem no coração. Tudo ali é à flor da pele e nos emociona. O que é descritivo nos seus textos é cinematográfico, gerando imagens que ativam todos os nossos sentidos. Minha paixão pela obra dele é de longa data”, acrescenta [nome do ator 2].
[nome do autor] é um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. Se estivesse vivo completaria [idade] anos em [ano]. Inovador, [nome do autor] imprimia em seus contos uma narrativa cinematográfica, detalhada, delicada e ácida. [nome do autor] integra uma geração, que vai dos hippies, passando pelos “punks” e “clubbers” até ser devorada pela Aids nos anos de 1980/90. Seus contos têm imagens potentes, são histórias cinematográficas da solidão de seus personagens na selva urbana. “[nome do autor] surge como autor, sob a censura moralista da decadente ditadura militar no Brasil. Embarca numa espiral de afã por liberdade e justiça, amor livre e luta contra a homofobia, mas sua obra segue uma “via negativa”. Seus personagens são anti-heróis urbanos, “loosers”. A obra de [nome do autor] responde com sensibilidade à demanda de liberdade de seu tempo e continua atualíssima”, reforça [nome do diretor].Sobre o Ateliê Alexandre Mello
Aberto em [ano], o Ateliê Alexandre Mello tem uma linda sala de apresentações, de até [número] lugares, no alto da Rua [nome da rua], em Laranjeiras, com uma vista para os dois cartões postais do Rio: [nome do cartão postal 1] e [nome do cartão postal 2]. Desde a abertura, focou na produção de arte e pesquisa de procedimentos, dispositivos e práticas do teatro, da imagem e da performance, com criação de instalações, filmes curtos, videoarte e espetáculos. A casa é mantida por uma associação de colaboradores, atrizes e atores profissionais, que treinam e criam seus trabalhos em parceria com o diretor. Este ano tornou-se também um espaço para temporada de espetáculos. Recebeu duas temporadas de “Felizes”, de [nome do autor 1], e apresentações de “Fantasiosa exposição da palavra”, de [nome do autor 2], com sessões lotadas e conversas interessantes com o público sobre arte e teatro. A casa abre 30 minutos antes das sessões e há um bar, que funciona antes e depois do espetáculo.
Sobre Alexandre Mello – Diretor
Alexandre Mello é diretor, curador artístico, ator e professor especializado na preparação de atores e discussão de projetos artísticos com jovens diretores e intérpretes. Fundador da Usina D’Arte Produções e Usina D’Arte Filmes. Tem seu ateliê próprio de trabalho e pesquisa em Laranjeiras, no qual trabalha com técnicas exclusivas, em autores como [nome do autor 1] e [nome do autor 2]. Organizou o livro “Vestindo [nome do autor 3]”, sobre o autor [nome do autor 3], pela Editora [nome da editora]. Trabalhou de [ano] a [ano] como diretor artístico do Teatro [nome do teatro] e de [ano] a [ano] do Teatro [nome do teatro]. Integrou a equipe de curadores das duas edições do Festival [nome do festival]. Seus últimos trabalhos de direção foram “Felizes”, de [nome do autor 1] no Ateliê, “Paraíso”, na Sede da Cia dos atores, a peça filme “Angustia-me!”, de [nome do autor 4], e “Hamlet Candidato”, de [nome do autor 5], no Sesc Copacabana. Dirigiu mais de [número] montagens teatrais e atuou em outras [número]. Destacam-se as direções de “Quebra ossos”, indicado ao Prêmio [nome do prêmio] 2012, “Um dia qualquer”, indicado ao Prêmio [nome do prêmio] 2013. Dirigiu [número] filmes curta-metragem que podem ser vistos no canal do YouTube da Usina. “Horizonte de eventos”, curta-metragem recebeu menção honrosa no Festival [nome do festival] 2024. “Shakespeare” estreia em [ano] e “Solidão de [nome do autor]” em novembro deste ano.
Rick Yates – Elenco
Ator, escritor, cantor, publicitário e especialista em recursos humanos, Rick Yates faz parte de uma geração de profissionais que trilharam sua carreira experimentando diferentes áreas. O perfil nada conservador desse carioca formado pela [nome da instituição] e pós-graduado pela [nome da instituição], inclui formação superior no curso de Artes Dramáticas da [nome da instituição]. Entre seus trabalhos em teatro estão: “Felizes”, de [nome do autor 1] e direção de Alexandre Mello, “A Outra Casa”, da obra de [nome do autor 2], com direção de [nome do diretor], “Noés”, com direção de [nome do diretor], “The Tempest” – experimento realizado unindo o texto de [nome do autor 3] e realidade virtual, “Caio Assassinado”, com direção de [nome do diretor] e “Uma História de Borboletas”, com direção de [nome do diretor]. Na TV, fez participações recentes em novelas da Rede Globo de Televisão: “Amor de Mãe”, “Malhação”, “A Dona do Pedaço”, “Verdades Secretas 2”, “Vai na Fé” e “Terra e Paixão”. Ele tem três livros publicados: “Eu Queria Ser Um Monte”, “Giratório” e o infantil, “Benjamin e as Portas”.
Hilton Vasconcellos – Elenco
Tem formação a partir de estudos com [nome do professor 1] e Grupo [nome do grupo] em SP e [nome do professor 2] no RJ. Fez oficinas teatrais com [nome do professor 3], [nome do professor 4] e Residência Artística com a Cia dos Atores no Rio de Janeiro. Entre seus trabalhos, estão “Antigona” – Grupo Satyros SP, direção [nome do diretor], (2001); “Homens de [nome do autor]”, da obra de [nome do autor], com direção [nome do diretor], RJ (2012/2013); Participação no IX Festival de Monólogos – Teatro e Dança / Solos Brasileiros. Fortaleza-CE (monólogo “Dama da Noite” – 2019); “O Segredo de Areia”, com direção [nome do diretor] (2022); e o curta-metragem “Grindr”, com direção Alexandre Mello e supervisão dramatúrgica [nome do professor 5] (2023).
Ficha técnica:
Texto: Hilton Vasconcellos, a partir da obra de [nome do autor]
Direção, iluminação e trilha sonora: Alexandre Mello
Assistência de direção: Tiago Abreu
Preparação corporal e coreografia: Filipe Peccini
Atores: Hilton Vasconcellos e Rick Yates
Produção: Ateliê Alexandre Mello
Figurinos: Ticiana Passos
Cenário: Pedro César Lima
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Fotógrafo: Felipe O’Neill
Programação Visual: Patrícia Heuser
Cenotécnico: Renato Darin
Apoio: Usina D’Arte produções artísticas
Serviço:
Espetáculo: Solidão de [nome do autor]
Temporada: 29 de novembro a 22 de dezembro de 2024
Ateliê Alexandre Mello: Rua Alice, 1.658/201 – Laranjeiras
Telefone: (21) 99255-9036 / (21) 98272-0499
Dias e horários: sexta e sábado às 20h30 e domingo, às 19h30. A casa abre 30 minutos antes das sessões e o bar funciona antes e depois do espetáculo.
Ingressos: 50 (inteira) e 25 (meia-entrada).
Capacidade: 25 pessoas
Duração: 55 minutos
Classificação etária: 12