Dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) comprovam, mais uma vez, os acertos das políticas socioeconômicas implementadas pelo governo Lula: de todas as 1,69 milhão de vagas com carteira assinada criadas em 2024, quase 99% foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Números ainda mais atuais, de 2025, confirmam a continuidade dessa tendência. De janeiro a abril, os inscritos do CadÚnico totalizaram 75% das 920 mil vagas formais.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comemorou a inclusão social levada adiante pelo governo federal e rebateu a tentativa de se estigmatizar os beneficiários do Bolsa Família.
“O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas, mas buscam empregos decentes. Peço que observem essa realidade para evitar qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, defendeu o petista.
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O desempenho positivo é atribuído, principalmente, à chamada Regra de Proteção do Bolsa Família, que permite aos beneficiários a manutenção de 50% do valor por até dois anos depois de ingressarem no mercado formal de trabalho, incluindo os adicionais a gestantes, crianças e adolescentes.
Ajustes na Regra de Proteção
A partir deste mês de julho, o governo federal fará ajustes na Regra de Proteção para diminuir a fila de espera, priorizar famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza e garantir a sustentabilidade e efetividade do programa. Veja o que muda:
– Famílias que ultrapassarem o limite de renda para entrada no Bolsa Família (R$ 218 por pessoa) até o limite de R$ 706 poderão receber 50% do benefício por mais 12 meses.
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– Famílias com renda estável ou permanente, como aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), poderão receber o Bolsa Família por até dois meses.
– Famílias com pessoas com deficiência que recebem o BPC terão tempo máximo de 12 meses de permanência na Regra de Proteção.
De acordo com o chefe do MDS, “assinar a carteira não cancela o Bolsa Família”. “Estamos qualificando o público do programa em vários setores, e os resultados são excelentes”, esclareceu Dias.
Redução das desigualdades sociais
Fora a formalização no mercado de trabalho, a renda das famílias inscritas no CadÚnico subiu 10,7%, ritmo 50% superior ao contabilizado entre os 10% mais ricos do país (6,7%), conforme estudo da FGV Social. A renda do trabalho cresceu, em média, 7,1% no ano passado. A queda da desigualdade, por outro lado, é a mais acentuada em tempos recentes no Brasil.
“Tivemos uma redução muito forte da desigualdade em 2024. E tudo isso está mais forte em termos de renda do trabalho do que em relação a outros componentes de renda”, pontua Marcelo Neri, pesquisador da FGV encarregado do estudo.
Da Redação, com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República