
Carlos Bolsonaro, segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais no início desta terça-feira (9) para atacar o Centrão. Atordoado com a prisão de seu pai, Carluxo enfim descobriu que o a maioria dos parlamentares “opera para preservar os interesses do mercado financeiro, garantindo lucros astronômicos aos bancos e sustentando um modelo de juros estratosféricos que estrangula famílias, empresas e governos”.
O vereador licenciado da Câmara do Rio de Janeiro também argumentou que esses grupos “sempre lucraram com a fragilidade do povo. No texto, ele critica medidas ideológicas defendidas pelo seu pai, que favoreceram banqueiros e a classe mais rica.
“Esse arranjo não tem nada a ver com prosperidade ou livre iniciativa. Pelo contrário: cria-se um ciclo de dependência bancária, onde o brasileiro é empurrado para o crédito caro, para o endividamento permanente e para a submissão econômica. Um sistema que transforma o trabalhador em devedor e o empreendedor em refém”, escreveu no X, provavelmente usando alguma ferramenta de inteligência artificial.
O que realmente quer o Centrão?
Certamente não é liberdade econômica de verdade, nem autonomia do cidadão. O projeto é outro – silencioso, mas evidente para quem presta atenção.O Centrão opera para preservar os interesses do mercado financeiro, garantindo lucros astronômicos…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) December 9, 2025
Perguntado ao ChatGPT sobre a possibilidade de Carluxo ter recorrido ao instrumento, a resposta foi: “O texto pode ter sido escrito por IA, mas também pode ter sido escrito por um humano com boa capacidade de redação opinativa. Não há nada no conteúdo que permita afirmar com certeza absoluta”.
No entanto, o ChatGPT listou algumas características no texto de Carlos comuns aos escritos de IA, como estruturação, linguagem uniforme, uso de antíteses e repetições enfáticas e ausência de dados concretos. Sem conhecer afundo o “02”, a ferramenta afirmou que o caracteriza o texto como feito por humano é a “ideia articulada e coerente do início ao fim”, o que não coincide com a fama do suposto autor.
No fim do texto, Carlos ainda critica os alto juros esquecendo que a implementação desta política econômica surgiu justamente no governo de seu pai e do então ministro da Economia Paulo Guedes, quando deram a “independência ao Banco Central”, com Roberto Campos Neto na presidência da instituição:
“Não é liberdade. Não é desenvolvimento. É controle. É a manutenção de um modelo que escraviza financeiramente o povo e garante que o sistema siga governando nos bastidores, acima da vontade da população. E enquanto muitos fingem não ver, a realidade é simples: quem controla os juros, controla o país”.
Em outra publicação, ele ainda atacou a Faria Lima, uma das principais apoiadoras de governos de extrema-direita, como a de Jair Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas (Republicanos), no governo de São Paulo.
A Faria Luler se apresenta como elite esclarecida, mas hoje é o maior obstáculo ao desenvolvimento nacional – querem reconhecimento sem nunca ter suado por ele.
Não merecem nem o cheiro dos meu bagos após uma pelada de futebol!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) December 9, 2025
Leia o texto de Carluxo na íntegra:
O que realmente quer o Centrão?
Certamente não é liberdade econômica de verdade, nem autonomia do cidadão. O projeto é outro – silencioso, mas evidente para quem presta atenção.
O Centrão opera para preservar os interesses do mercado financeiro, garantindo lucros astronômicos aos bancos e sustentando um modelo de juros estratosféricos que estrangula famílias, empresas e governos. Cada aumento da taxa, cada manutenção artificial desse patamar absurdo, fortalece exatamente os mesmos grupos que sempre lucraram com a fragilidade do povo.
Esse arranjo não tem nada a ver com prosperidade ou livre iniciativa. Pelo contrário: cria-se um ciclo de dependência bancária, onde o brasileiro é empurrado para o crédito caro, para o endividamento permanente e para a submissão econômica. Um sistema que transforma o trabalhador em devedor e o empreendedor em refém.
Enquanto isso, o discurso de “responsabilidade”, “equilíbrio” e “moderação política” serve apenas de cortina para manter a engrenagem funcionando: um bloco político que negocia poder, controla verbas, drena recursos e segue obedecendo ao comando dos verdadeiros chefes – os que lucram com a paralisia do país.
Não é liberdade. Não é desenvolvimento. É controle.
É a manutenção de um modelo que escraviza financeiramente o povo e garante que o sistema siga governando nos bastidores, acima da vontade da população.
E enquanto muitos fingem não ver, a realidade é simples:
quem controla os juros, controla o país.