Apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e considerando-se o verdadeiro candidato da direita na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, o deputado estadual Bruno Engler (foto/reprodução internet), PL, tem conversado com as forças políticas de centro-direita para fortalecer a sua candidatura. Ele tem conversado com o Novo, mas avisa que, com o apoio do PP, partido que já fechou questão em torno do seu nome, tem garantido 30% do tempo no horário eleitoral gratuito, o que será importante para apresentação das suas propostas.
O senhor tem conversado com alguns setores, como o Novo, para formar uma aliança em torno do seu nome. Como estão essas conversas?
Hoje o que temos de concreto é uma coligação do PL com o PP. O PP já está fechado com a gente. Só esses dois partidos nos dão quase 30% do tempo de televisão, que é bastante coisa. Nós vamos ter 2 chapas para vereador completas, estruturadas, e estamos abertos a dialogar com todos do campo do centro e da direita, que queiram fortalecer esse projeto. Em relação a questão de partido Novo, nós tivemos conversas com o governador e com o seu grupo político. Hoje eles têm uma pré-candidata a Luísa Barreto, que é legítima. Respeito a pré-candidatura dela, mas gostaríamos muito de contar com o governador e seu campo político. Se o governador entender caminhar conosco, se a Luiza entender fortalecer o nosso projeto, eles são muito bem-vindos.
O que significa fortalecer esse projeto? Seria ter Luísa Barreto como vice?
Eu acho que é uma das possibilidades. Se o governador e a própria Luísa entenderem que esse é o melhor caminho, da nossa parte não tem nenhuma resistência. Agora, se o grupo deles também entender, que não é necessária essa questão de vice, ou até quiser indicar um outro nome, se a Luísa não quiser ser vice, nós estamos abertos para dialogar, para conversar, mas, como eu falei, respeitando a pré-candidatura dela, que está posta até o presente momento. Mas se eles mudarem de ideia, estamos à disposição para conversar.
A eleição municipal de capital é cara. Como o PL vai trabalhar a distribuição do fundo eleitoral? O PP vai ajudar financeiramente também?
Nós vamos ter um apoio importante do PL. Hoje o PL tem uma estrutura nesse sentido. Obviamente também conversamos com figuras do setor privado que podem vir a contribuir, como física, mas hoje não é a nossa preocupação. A gente está ainda num período de pré-campanha, querendo levar as nossas ideias de qualquer maneira. Temos um relacionamento muito bom com todos do nosso partido e sabemos que teremos uma estrutura através do PL, para fazer uma campanha robusta. E com quem mais quiser ajudar.
O ex-presidente vem ajudar na campanha?
Na verdade, tínhamos marcado um lançamento de pré-candidatura com a presença dele. Ele não pôde vir por uma questão de saúde. Estamos alinhando para ele vir uma vez antes da campanha para fazer esse momento de lançamento de pré-candidatura com nossos apoiadores, e na campanha também, ele vai se fazer presente para fortalecer o nosso projeto.
Já tem data para o lançamento da sua candidatura?
Não, ainda não. Ainda estamos alinhando a agenda.
Belo Horizonte, tradicionalmente, votou em candidatos de esquerda para a prefeitura. Qual argumento será usado para convencer o eleitor?
Vamos apresentar um projeto novo para Belo Horizonte que, acreditamos piamente, é o melhor para a nossa cidade. A gente entende que BH está parada no tempo. A gente entende que é preciso colocar Belo Horizonte no século 21, que a gente precisa buscar soluções de tecnologia, de inovação, que hoje não existem no âmbito do município. Vamos apresentar um plano de governo robusto. Vamos apresentar as melhores propostas e pretendemos trazer o eleitor dessa maneira. Agora, em relação questão de que BH tradicionalmente, vota em pessoas com perfil de esquerda e centro-esquerda para prefeitura, o que estamos observando é que está tendo uma polarização política nacional. As pessoas têm tomado lado no campo político e aqui em Belo Horizonte a maioria das pessoas têm tomado esse lado à direita. O presidente Jair Bolsonaro venceu aqui em Belo Horizonte os quatro turnos que ele disputou. Primeiro e segundo na eleição de 2018 e primeiro e segundo turnos na eleição de 2022. Então, já existe essa aceitação do eleitor belorizontino às ideias de direita, ao candidato de direita. Precisamos é apresentar o nosso projeto, fazer as nossas ideias chegarem aos cidadãos, para os eleitores e eu não tenho dúvida de que teremos sucesso nesse pleito.
A eleição em Belo Horizonte deve ter uma presença forte do ex-presidente Bolsonaro e do presidente Lula?
Não posso falar pelo Lula. Isso aí é com a turma do PT, da esquerda. Mas vai sim ter uma presença forte do presidente Bolsonaro caminhando conosco.
Será mais uma eleição polarizada?
Eu entendo que sim. O que tenho falado é que eu acho que acabou a era do político vaselina. Aquele cara que não se posiciona, que tenta agradar todo mundo e acaba não agradando ninguém. A verdade é que o nosso país passa por um processo de amadurecimento político. As pessoas estão cada vez mais politizadas, entendendo o que que acontece no cenário político local e nacional, e se posicionando de um lado ou de outro. E as pessoas naturalmente querem se sentir representadas por aqueles em quem elas votam. Então, as pessoas que têm esses ideais de direita, semelhantes aos meus, naturalmente vão buscar um candidato de direita. O melhor espelho que temos para vislumbrar essa realidade, foram as eleições gerais, de 2022 em que o presidente Bolsonaro foi vitorioso em Belo Horizonte.
Um problema que está sendo enfrentado pelos candidatos de direita e esquerda é o fato de terem muitos candidatos. Um pode atrapalhar o outro. No campo da direita isso pode acontecer?
Isso não me preocupa pelo seguinte: eu conto com o apoio do Nicolas, que é o nosso grande representante da direita no Congresso Nacional, do Cleitinho, que é o grande senador de direita que nós temos em Minas Gerais, e do Bolsonaro, que é hoje a grande liderança da direita no Brasil. Então, a candidatura de direita é a nossa, porque não é um projeto meu, do Bruno. Esse é um projeto de grupo do PL, que é o grande partido de direita no Brasil, capitaneado pelo presidente Bolsonaro, que é a grande liderança da direita nacional, e contando com os representantes locais de direita. Então, não me preocupa essa questão, de dividir o nosso campo, de enfraquecer a candidatura. Eu acho que com os apoios que temos, com as propostas que vamos apresentar, naturalmente vai ficar claro que a candidatura da direita em Belo Horizonte é uma só. É a nossa.