Os consumidores brasileiros enfrentarão um aumento na conta de energia elétrica a partir desta terça-feira (1º), com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmando a aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Essa medida representa um acréscimo de R$4,46 a cada 100 kWh consumidos, repetindo o patamar já visto em junho. O anúncio da Aneel, feito na última sexta-feira (27), expõe mais uma vez como o povo brasileiro, que deveria ter energia elétrica praticamente de graça devido à abundância de recursos hídricos, é assaltado pelo imperialismo, por meio de tarifas exorbitantes.
A Aneel justificou a decisão pela continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país, o que reduz a geração de energia por hidrelétricas. Esse quadro, segundo a agência, tende a elevar os custos de geração, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas, como as usinas termelétricas. Essa versão, no entanto, oculta o problema fundamental: a privatização e a desnacionalização do setor elétrico, que transformam um bem essencial em fonte de lucro para grandes monopólios, em detrimento do povo trabalhador.
Desde dezembro de 2024 até maio de 2025, a bandeira tarifária permaneceu verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no Brasil. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015 pela Aneel, visa sinalizar aos consumidores quando a energia está mais cara ou mais barata, indicando um custo extra que será cobrado na conta de luz.
Existem três cores de bandeiras: verde, sem cobrança adicional; amarela, com acréscimo moderado; e vermelha, com acréscimo maior, dividido em patamar 1 e patamar 2. O objetivo oficial é que o consumidor possa controlar melhor o uso de energia e economizar quando a bandeira estiver vermelha.
Na prática, porém, esse sistema apenas formaliza o assalto contínuo ao bolso do povo. Embora o Brasil possua um imenso potencial de geração de energia, capaz de fornecer eletricidade a custos muito baixos, o país tem uma das tarifas mais caras do planeta.
Essa realidade não se deve a outra coisa senão à sanha de lucro dos monopólios imperialistas que controlam a produção e a distribuição de energia elétrica. A solução para essa exploração é a estatização total da produção e distribuição de energia elétrica no País, sob controle dos trabalhadores, garantindo que a energia seja um direito e não uma mercadoria cara. Somente assim o povo brasileiro poderá se libertar do assalto imperialista em sua conta de luz.