
Cristiane de Silva, 33, que participou dos atos golpistas de 8 de Janeiro, em Brasília, foi deportada para o Brasil e chegou a Fortaleza (CE) na tarde do último sábado (24). Após os atos antidemocráticos, ela fugiu para os Estados Unidos, mas foi presa por imigração ilegal um dia após a posse de Donald Trump na presidência do país.
A brasileira foi capturada no dia 21 de janeiro, em El Paso, no Texas, um dia depois de Trump prometer que endureceria a política migratória. Antes de ser presa nos EUA, ela havia passado pela Argentina, Peru, Colômbia, Panamá e México.
Cristiane, que possui um mandado de prisão aberto em seu nome, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a um ano de prisão por associação criminosa, mas a pena havia sido convertida em prestação de serviços comunitários, multa e participação em curso sobre democracia.
Ainda presa no Texas, em entrevista ao UOL, a mulher negou ter cometido crimes. “Eu me arrependo, sim, porque eu fui lá para conhecer e acabei… estou sendo injustiçada por algo que eu nem cometi”, disse. Ela recusou um acordo de não persecução penal, proposto em 2024.

A brasileira também afirmou que os atos de 8 de Janeiro foram causados por “infiltrados de esquerda”. “Para mim, realmente foi uma armadilha da esquerda”, declarou.
A bolsonarista, que é de Balneário Camboriú (SC) e trabalhava como garçonete, foi presa no QG do Exército em Brasília em 9 de janeiro de 2023, um dia após os atos antidemocráticos.
Além dela, outras três brasileiras que participaram dos ataques também foram presas no Texas: Rosana Maciel Gomes, condenada a 14 anos; Raquel de Souza Lopes, a 17; e Michely Paiva Alves, que ainda responde ao processo.