O Brasil está com aumento de casos de dengue em todo o país e, sobretudo, de um dos tipos que já não circulava no país há 17 anos – o sorotipo 3, o que fugiu das expectativas do Ministério da Saúde e, portanto, deve apresentar dados ainda mais alarmantes da infecção neste ano de 2025.

Em dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgados hoje, o Ministério da Saúde esperava já um aumento da incidência de dengue nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná para este verão.

O acompanhamento usava como base as projeções dos padrões de 2023 e de 2024. Mas, o que chamou a atenção da pasta é que, para além das expectativas de aumento da dengue, ocorreu logo nos primeiros dias do ano o registro do aumento do sorotipo 3, um tipo de dengue que não era previsto aparecer mais.

Em 2024, o sorotipo que circulou de forma predominante foi o 1: “Quero chamar a atenção porque o sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008. Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade”, afirmou a secretária de Vigilância, Ethel Maciel, em coletiva de imprensa hoje (09).

“O que a gente pode esperar para 2025? A gente continua com o efeito do El Niño e, portanto, com altas temperaturas e com esses extremos de temperatura. Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, havia projetado o Ministério da Saúde.

Mas “o aumento da circulação do sorotipo 3 não entrou nessa modelagem”, acrescentou a secretária.

O retorno do tipo da infecção preocupou as autoridades sanitárias do Brasil, que traz uma incidência nova e além das expectativas da pasta. “Temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença. Essa é uma variável que nós estamos colocando no nosso COE [Centro de Operações de Emergência] para um monitoramento da circulação desses vírus”, disse Maciel.

“Não sabemos como ele vai se espalhar. Estamos fazendo esse monitoramento”, completou.

No Centro de Operações de Emergência montado pela pasta para monitorar a dengue e outras transmissões, como Zika, Chikungunya e Oropouche. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o obejetivo do Centro é planejar ações junto a estados e municípios.

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Last Update: 09/01/2025