
O Brasil segue sem avanços significativos no combate ao analfabetismo funcional. Segundo dados da edição 2024 do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 29% da população entre 15 e 64 anos não possui habilidades básicas de leitura, escrita e matemática — o mesmo índice registrado na edição anterior, em 2018.
O levantamento, conduzido pela Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, foi realizado em parceria com instituições como a Fundação Itaú, Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, UNESCO e UNICEF. Ao todo, foram entrevistadas 2.554 pessoas de todas as regiões do país, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. A margem de erro é de dois a três pontos percentuais.
A pesquisa classifica como analfabetos funcionais os indivíduos que conseguem apenas ler palavras isoladas ou frases curtas, com dificuldade para compreender textos mais complexos. Em matemática, essas pessoas reconhecem apenas números familiares, como preços, contatos e endereços.
Segundo Ana Lima, coordenadora do estudo, o bom desempenho dos jovens é resultado de políticas de inclusão escolar nas últimas duas décadas. Ainda assim, ela alerta que o Brasil precisa investir no desenvolvimento contínuo das habilidades de leitura e cálculo, especialmente para os que estão fora da escola.
“O importante agora é assegurar avanços no desenvolvimento contínuo das habilidades de letramento e numeramento dos brasileiros”, reforçou Ana Lima.
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