A escalada do conflito entre Líbano e Israel no final de semana levou o Itamaraty a aconselhar os brasileiros que residem na região a evacuarem o local e a evitar viagens ao Líbano nesse momento.
No domingo (25), a embaixada brasileira em Beirute emitiu orientações para os cerca de 21 mil brasileiros que residem no país, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.
“A embaixada recomenda que os cidadãos que vivem ou estão de passagem pelo Líbano deixem o país por seus próprios meios até que a situação se normalize”, diz o comunicado, acrescentando que aqueles que optarem por permanecer no país devem evitar o sul do Líbano, as zonas fronteiriças e outras áreas consideradas perigosas, onde os ataques estão concentrados.
O comunicado também orienta os brasileiros a seguirem as instruções das autoridades locais, reforçarem as medidas de segurança, evitarem comícios e protestos, garantirem que seus passaportes estejam válidos por pelo menos seis meses e atualizarem seus dados de registro na embaixada brasileira.
O grupo libanês Hezbollah e o exército israelense intensificaram a troca de mísseis na fronteira entre os dois países, com o Hezbollah lançando centenas de foguetes e drones contra Israel na manhã de domingo, enquanto Israel teria respondido com ataques aéreos no Líbano, envolvendo cerca de 100 jatos, segundo a agência de notícias Reuters.
O conflito na fronteira do Líbano com Israel teve início simultaneamente à guerra na Faixa de Gaza, após o 7 de outubro de 2023. Líderes do Hezbollah defendem a continuidade dos disparos enquanto Israel mantiver sua ofensiva no enclave palestino. Nos últimos dias, os ataques se intensificaram, em parte como resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Fuad Shukr, no Líbano.
O governo brasileiro, em comunicado, expressou grande preocupação com a escalada das tensões entre Líbano e Israel. “O Brasil apela a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção, a fim de evitar a intensificação das hostilidades na região e a propagação do conflito para outras partes do Oriente Médio”, declarou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil no domingo.