Passam de seis mil as mortes causadas pela dengue no Brasil em 2024, número seis vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando 1.179 óbitos foram notificados. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, o país contabiliza mais de 7,2 milhões de casos prováveis da doença.
Além das 5.008 mortes confirmadas, outras 2.137 estão em investigação. O coeficiente de incidência da doença, neste momento, é de 3,5 mil casos para cada 100 mil habitantes e a letalidade em casos prováveis é de 0,09.
São Paulo concentra a maior parte dos casos prováveis de dengue, com pouco mais de 2,5 milhões de registros, seguido de Minas Gerais, com 1,8 milhão; Paraná, com 700 mil e Santa Catarina, com 400 mil. Já os estados com menor número de casos prováveis são Roraima (550), Sergipe (2,5 mil), Acre (5,5 mil) e Rondônia (6 mil).
Combate à dengue
Segundo as orientações do Ministério da Saúde, para evitar a dengue, a eliminação dos focos do mosquito segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa, pelo menos, uma vez por semana, para encontrar possíveis focos de larvas.
Além disso, é necessário receber bem os agentes de saúde e agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
Vacinação
A vacinação contra a doença foi iniciada no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro. O Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público de saúde.
O Ministério da Saúde adquiriu todas as vacinas disponibilizadas pelo fabricante. Porém, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística da empresa.
Por isso, os imunizantes estão sendo destinados, inicialmente, a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.
(PL)