Depois do interesse chinês pela Avibras, é hora de o Brasil se conscientizar sobre as sanções?

Por Leonardo Santos, Sputnik Brasil

O Brasil recebeu alertas de Washington após considerar a venda de 49% da Avibras, empresa do setor de Defesa, à chinesa Norinco, que está sob sanções norte-americanas.

Depois desse chamado de atenção, será que é hora de o Brasil levar a sério a ameaça das sanções ocidentais?

Por muito tempo se acreditou que o Brasil, com sua postura diplomática, dificilmente seria alvo de sanções econômicas por parte dos Estados Unidos e seus aliados europeus.

A notícia de possíveis sanções a uma empresa brasileira chega, então, como um choque para as autoridades brasileiras, que veem agora que o país pode estar na mira do Ocidente.

Isso não é nem a primeira vez que a nação brasileira foi afetada por sanções ocidentais a outros países, afirma Paulo Costa, professor de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A Embraer, em 2006, foi proibida pelos Estados Unidos de vender seu modelo Super Tucano à Venezuela, na época governada por Hugo Chávez.

Um caso mais recente foi quando, em 2019, dois navios de grãos iranianos ficaram presos por cinco semanas no porto de Paranaguá, no estado do Paraná, “porque a Petrobras se recusava a abastecê-los por receio de burlar sanções impostas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.

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Última Atualização: 05/07/2024