A quarta Reunião de Sherpas do Brics finalizou, nesta sexta-feira 12, com a transmissão formal da presidência do bloco do Brasil para a Índia. A nova liderança também apresentou as prioridades a serem debatidas em 2026.
Apesar da transmissão oficial da presidência do Brics para a Índia ter ocorrido nesta sexta, o Brasil segue à frente do agrupamento até 31 de dezembro de 2025. Na próxima semana será realizado um último workshop sobre segurança, com a participação do embaixador Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais da Presidência da República.
O embaixador Mauricio Lyrio, transferiu formalmente a presidência do Brics ao embaixador indiano Sudhakar Dalela. “As discussões dos últimos dois dias reafirmam nosso compromisso de fortalecer a cooperação no grupo e com os países parceiros”, apontou. Ele agradeceu a todos e afirmou que “aguarda com expectativa a liderança da Índia no próximo ano e a continuidade do progresso alcançado até o momento”.
Durantes os dois dias de encontro, os sherpas fizeram um balanço da presidência brasileira do Brics , que atuou em seis áreas-chave: Cooperação Global em Saúde; Mudança do Clima; Comércio, Investimento e Finanças; Arquitetura Multilateral para a Paz e Segurança; Governança da Inteligência Artificial; e Desenvolvimento Institucional
Presidência indiana
Ao receber a presidência, Sudhakar Dalela disse que o País está comprometido em levar adiante a agenda coletiva nos pilares de cooperação. “Nossa presidência permanecerá guiada pelos princípios fundamentais de continuidade, consolidação e consenso, enquanto permanece responsiva aos desenvolvimentos globais emergentes e às prioridades em evolução do Sul Global”, disse Dalela.
O sherpa também apresentou as prioridades da presidência do Brics para 2026, que estarão estruturadas em quatro eixos: resiliência, inovação, cooperação e sustentabilidade.
Dentro dos propósitos de cada área estão resoluções já acordadas na presidência brasileira que ganharão continuidade, como o desenvolvimento de sistemas de redução de desastres climáticos , a cooperação para o uso equitativo de Inteligência Artificial , o compartilhamento de saberes científicos e de pesquisa, entre outros.
Além disso, terão seguimento os debates políticos de extrema relevância para o Sul Global, que guiaram a presidência brasileira do Brics: uma governança global mais inclusiva e diversa e a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).