Brasil lidera ranking de países que mais dificultam a verificação de notícias e depende excessivamente de fontes sociais

O Brasil ocupou o último lugar na capacidade dos adultos identificar a veracidade de notícias online, revelou um estudo da OCDE, realizado em 21 países, divulgado nesta semana.

Os dados são o reflexo da pontuação obtida pelo país em comparação à média global de todos os 21 países, atingindo números que variaram do +6 ao -4, sendo o primeiro referente à Finlândia e o último ao Brasil.

Na mesma lista, o Reino Unido obteve a segunda melhor colocação (pontuação de +4), Noruega ficou um pouco acima de +2 e Irlanda próximo de +2. Os últimos piores foram Estados Unidos (-2), França (-2), Suíça (-2,5), Colômbia (-3) e Brasil (-4).

“As pontuações dos países variaram de 66% na Finlândia a 54% no Brasil, uma diferença de 12 pontos percentuais. De uma perspectiva regional, os países nórdicos tiveram o melhor desempenho (Finlândia e Noruega) e os países latino-americanos devem buscar oportunidades de recuperar o atraso, especialmente o Brasil e a Colômbia”, pontuou o relatório.

Outro dado preocupante, a publicação também mostrou que 85% dos brasileiros têm o hábito de se informar pelas redes sociais.

Assim como o dado anterior, países da América Latina são os principais a consumirem notícias pelas redes sociais, enquanto que este fenômeno não ocorre na Finlândia, Alemanha, Reino Unido e Japão.

“Nos países latino-americanos analisados (Colômbia, México e Brasil), mais de 85% das pessoas consumem notícias com frequência ou às vezes pelas redes sociais. Juntamente com Portugal, mais de metade dos consultados recebem frequentemente notícias das mídias sociais nestes quatro países. Do outro lado do espectro, menos de 60% das pessoas recebem notícias com frequência ou às vezes pelas redes sociais na Alemanha, no Japão e no Reino Unido.”

A pesquisa chegou a alertar para o dado e informou que “compreender a fonte de notícias é importante para direcionar estratégias, programas e políticas sociais de alfabetização midiática nos respectivos países.”

Abaixo, a íntegra do relatório:

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