Brasil lança plano de investimentos: presidente Lula destina R$ 546,6 bilhões para desenvolvimento da agroindústria nacional

O agronegócio recebeu mais um impulso do governo. Dessa vez, foram anunciados R$ 546,6 bilhões até 2026, em investimentos públicos e privados, para desenvolver cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais no país. Os valores estão previstos na Missão 1 do programa federal Nova Indústria Brasil (NIB). Ao lado de ministros de Estado e de outras autoridades, o presidente Lula marcou presença na cerimônia do governo, nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto.

O anúncio dos investimentos bilionários ao agro se deu em meio às boas notícias sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que avançou 0,9% no terceiro trimestre, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), igualmente nesta terça. O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, parabenizou o setor industrial pela contribuição fundamental ao crescimento da economia em 2024.

“O PIB acumulado: 3,5%. E a indústria, o PIB acumulado: 3,3%. Então, a indústria fazendo a diferença. Se a gente pegar o PIB acumulado de 12 meses, dá 4%, praticamente”, comemorou o vice-presidente.

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Por meio das redes sociais, Lula também enfatizou os bons resultados da economia brasileira no terceiro trimestre. O petista atribuiu ao NIB o crescimento da renda e das oportunidades de emprego.

“Em 2023, encontramos um Brasil marcado pelo fechamento de fábricas. Agora, com o programa Nova Indústria Brasil, estamos retomando os investimentos industriais, gerando empregos, renda e impulsionando o crescimento do PIB”, publicou o presidente, no X.

Atualização das máquinas

Sobre o montante direcionado à Missão 1 do NIB, Alckmin previu o aumento da competitividade e da produtividade do agronegócio como consequência da atualização do maquinário, conforme estabelecem as linhas de crédito contidas no programa do governo federal lançado em janeiro deste ano.

“Uma indústria e uma agroindústria mais produtiva. Destacaria aqui a depreciação acelerada, trocar máquinas, equipamentos, componentes. Depreciava em 15 anos, em média. Agora deprecia em dois anos. Então, uma depreciação acelerada para renovar o parque fabril”, explicou.

“Crédito mais barato para estimular e fortalecer a atividade industrial”, concluiu Alckmin.

A relevância dos pequenos produtores

Também presente ao evento na sede da Presidência da República, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, apresentou os dados da agricultura familiar, parte importante da produção no país, e defendeu alimentação saudável a toda a população.

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“O rumo no Brasil é o fortalecimento da agricultura familiar, para diversificar a produção de alimentos, para atender a diversidade da cultura alimentar do nosso povo, que requer uma produção que só a agricultura familiar tem condição de fazê-lo nessa dimensão”, justificou Teixeira.

Agricultura de precisão

Os aportes do NIB estão voltados a tecnologias de precisão e à ampliação da capacidade de produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar. A meta da administração Lula é estratégica: garantir segurança alimentar, nutricional e energética no Brasil.

Dos R$ 546,6 bilhões anunciados para o programa federal, R$ 250 bilhões são recursos públicos, em forma de linhas de crédito até 2026, enquanto que os outros R$ 296 bilhões, investimentos privados, estão previstos até 2029.

O governo estabeleceu ainda novas metas para a Missão 1 do NIB até 2033: incrementar o índice PIB/renda da agroindústria ao ano (de 1,75% para 6%); aumentar a mecanização na agricultura familiar (de 25% para 35%); e permitir que pequenos agricultores tenham mais acesso a tecnologias (de 35% para 66%).

Nova Indústria Brasil

O NIB foi lançado pela administração Lula para promover a industrialização nacional. O plano reúne metas e ações visando estimular o desenvolvimento do país. Ele é resultado de “amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo”.

O programa está alinhado com os imperativos das emergências climáticas ao considerar cruciais a transição ecológica e a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa.

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Da Redação, com informações de Canal Gov, EBC

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