Brasil identifica 4 casos da gripe K, uma variação da influenza; entenda o cenário

O Brasil identificou quatro casos da gripe K, uma variação da Influenza A, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, um caso “importado” foi identificado no Pará e teria relação com uma viagem internacional, enquanto outros três casos foram identificados em Mato Grosso do Sul e seguem sob investigação.

A amostra do Pará foi analisada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional. Já as amostras de Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram o material aos centros de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância.

O monitoramento da influenza ocorre a partir do monitoramento contínuo de casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Além disso, as ações incluem identificação e diagnóstico precoces, investigação e notificação imediata de eventos respiratórios incomuns, além do fortalecimento das medidas de prevenção e do acesso a vacinas e antivirais para grupos de risco.

O que é a gripe K?

A gripe é causada pelo vírus Influenza, sendo o tipo A o mais frequentemente associado a surtos e a quadros de maior gravidade. A subdivisão K corresponde a uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

A Saúde informou não haver evidências até o momento de que essa variante esteja relacionada a maior gravidade dos casos. Há, no entanto, uma circulação mais intensa e antecipada em relação ao padrão esperado no hemisfério norte, o que resulta em um aumento no número de internações. Com isso, a pasta intensificou as ações de vigilância.

Os sintomas são os já conhecidos da doença, como febre, dor no corpo, tosse e cansaço, com atenção para sinais de agravamento, como falta de ar e piora rápida do quadro.

A vacinação ofertada anualmente em todo o Brasil é a principal forma de evitar casos graves e hospitalizações. Também são recomendadas medidas como o uso de máscara por pessoas com sintomas, higienização das mãos e ventilação adequada dos ambientes.

Cenário epidemiológico

O Ministério da Saúde ainda confirmou que neste ano o Brasil registrou um comportamento fora do padrão do vírus Influenza A (H3N2), com aumento de casos no segundo semestre, antes mesmo da identificação da subdivisão K. O quadro começou na região Centro-Oeste e, na sequência, se espalhou para estados de outras regiões. No momento, as regiões Centro-Oeste e Sudeste já apresentam queda nos casos de SRAG associados à Influenza, enquanto Norte e Nordeste ainda registram tendência de crescimento.

No cenário internacional, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e em diversos países da Ásia, onde já representa parcela significativa das amostras de Influenza A analisadas. Na América do Norte, Estados Unidos e Canadá também registram aumento sustentado da circulação do vírus. Até o momento, não há evidências de padrão semelhante na América do Sul.

O Ministério da Saúde afirmou acompanhar o cenário internacional em avaliações semanais, posteriormente divulgadas no Informe Epidemiológico Semanal da Vigilância das Síndromes Gripais, que reúne dados sobre Influenza, Covid-19 e outros vírus respiratórios de relevância em saúde pública.

Artigo Anterior

Combo de cúrcuma, vitamina E e canabidiol é mais novo fake vendido como cura para o câncer

Próximo Artigo

‘8 de janeiro não pode ser esquecido’, diz Lula, que confirma veto à anistia

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!