O Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho coloca o país entre as economias de destaque do G20, empatado com a China e atrás apenas de Indonésia (1,5%) e México (1,1%).
Os setores de serviços e indústria foram os principais responsáveis pelo avanço. O segmento de serviços, que representa mais de 70% da economia, cresceu 0,9%, puxado por áreas como informação e comunicação (+2,1%), atividades financeiras (+1,5%) e comércio (+0,8%).
Já a indústria avançou 0,6%, com destaque para as indústrias de transformação (+1,3%), apesar das quedas na construção (-1,7%) e no setor de energia (-1,4%). Por outro lado, a agropecuária recuou 0,9%, impactada por fatores climáticos adversos.
Nas redes sociais, o presidente compartilhou o avanço econômico, destacando a evolução constante nos resultados: “Continuamos com o PIB crescendo e criando mais emprego e renda na mão dos brasileiros”, escreveu no Twitter.
Continuamos com o PIB crescendo e criando mais emprego e renda na mão dos brasileiros. pic.twitter.com/AdQZPwe1hQ
— Lula (@LulaOficial) December 3, 2024
Na comparação anual, o PIB cresceu 4,0% em relação ao terceiro trimestre de 2023, consolidando um acumulado de 3,3% no ano. Esse desempenho reflete a robustez do mercado interno, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e políticas governamentais que fomentaram o consumo das famílias. Atualmente, a taxa de desemprego está em 6,2%, a menor já registrada, e a massa salarial continua a crescer.
O setor externo também apresentou contribuições positivas. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram aumentos de 4,5% no consumo das famílias e de 9,7% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). As exportações cresceram 2,4%, enquanto as importações subiram 20,2%.
Apesar do desempenho acima do esperado, a economia brasileira enfrenta desafios. A inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 4,77%, pressionada por alimentos e tarifas de energia elétrica. Além disso, fatores como seca intensa, queimadas e flutuações cambiais podem afetar os preços no curto prazo.
No cenário global, o Brasil se destaca entre as maiores economias, superando países como Arábia Saudita, Estados Unidos e França. Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou crescimento de 0,5% no PIB agregado de seus membros no terceiro trimestre, enquanto o Brasil avançou quase o dobro disso.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou recentemente a projeção de crescimento brasileiro para 3% em 2024, citando o impacto positivo de medidas fiscais, investimentos e recuperação no mercado de trabalho. No entanto, o órgão alerta para possíveis desacelerações em 2025, à medida que o mercado de trabalho perca parte do fôlego e os efeitos das políticas monetárias mais restritivas sejam sentidos.
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