A reeleição de Donald Trump à presidência dos EUA trouxe novos desafios econômicos para o Brasil. Embora o país tenha ficado de fora das primeiras medidas tarifárias, analistas alertam para potenciais impactos no câmbio, no comércio exterior e nos juros. Com informações do G1.
A saída dos EUA do Acordo de Paris e o aumento de tarifas para outros países podem trazer reflexos negativos, especialmente em setores como o agronegócio e a siderurgia.
Segundo Lia Valls, pesquisadora do FGV Ibre, a imprevisibilidade das tarifas de Trump exige atenção. “Ele pode usar essa ameaça como ferramenta de barganha”, disse. No passado, sobretaxas impostas à China geraram oportunidades temporárias para o Brasil, mas também limitaram o crescimento em setores estratégicos devido às cotas estabelecidas.
Dólar
O fortalecimento do dólar é outro reflexo do protecionismo americano. Luis Otavio Leal, da 5G Partners, prevê que a moeda americana continue valorizada, pressionando os preços no Brasil.
“Um dólar forte é inflacionário para os EUA, mas Trump tenta compensar com medidas que reduzam os custos de energia”, explicou o economista.
A política comercial de Trump também pode impactar os mercados globais. O Canadá já ameaça retaliar tarifas americanas, enquanto o México, outro alvo de Trump, busca manter uma postura moderada.
Redes sociais e tecnologia
O retorno de Trump ao poder também influencia redes sociais e avanços tecnológicos. Empresas como Meta já sinalizam mudanças na moderação de conteúdo, promovendo maior liberdade de expressão nos EUA.
No entanto, especialistas destacam que a menor regulação pode gerar conflitos com outros mercados, afetando usuários brasileiros.
Cidadania americana
Trump também propôs limitar a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais, o que pode afetar brasileiros nos EUA. Apesar disso, juristas acreditam que a medida enfrenta grandes barreiras legais, sendo necessário apoio do Congresso e de vários estados para sua implementação.
Saída da OMS
A decisão de suspender o financiamento à Organização Mundial da Saúde (OMS) também não terá efeitos significativos para o Brasil, já que a OMS conta com várias fontes de recursos globais. No entanto, a saída dos EUA do Acordo de Paris coloca em risco iniciativas globais de combate às mudanças climáticas, o que preocupa setores estratégicos no Brasil.
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