O Brasil deve sair novamente do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) depois de sete anos, e a conquista pode ser anunciada extraoficialmente na próxima semana.
A saída do Brasil do Mapa da Fome e os avanços realizados na segurança alimentar devem ser reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em evento previsto os dias 27 a 29 de julho, na Etiópia.
“Mesmo em 2023 e 2024, a gente já estaria fora do Mapa da Fome. Em 2023 a gente reduziu de 4,7%, caiu para 2,8% {porcentagem da população em insegurança alimentar severa]. E em 2024, eu acho que a gente deve ter ficado 2,3%, 2,4% para baixo. Com 2,5% para baixo, já sai do Mapa da Fome”, explicou ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Dias vai representar o Brasil no encontro do Comitê de Segurança Alimentar da ONU, em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Por novos critérios adotados pela FAO, a entidade divulga o relatório do Mapa da Fome levando em conta a média de redução da pobreza dos três anos anteriores. Por esse calendário, a divulgação oficial de que o Brasil saiu desse indicador ocorrerá em julho de 2026.
A expectativa de que esta divulgação seja antecipada extraoficialmente se dá pelo fato de o País já ter atingido os patamares exigidos. Cauteloso, Dias completou: “O resultado de 2024 nos dará a segurança de que neste ano de 2025 a gente complete o triênio para, em julho de 2026, no anúncio da FAO, o Brasil estar fora do Mapa da Fome”.
No ano passado, o relatório apontou que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil em 2023. Em números absolutos, 14,7 milhões deixaram de passar fome no país. A insegurança alimentar severa, que afligia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população.
