Nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a denunciar a matança do povo palestino, afirmando que o que “Israel” está perpetrando na Faixa de Gaza é um “genocídio premeditado”. O chefe do Executivo brasileiro ainda afirmou que Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro sionista, está travando uma guerra contra os interesses dos próprios israelenses, destacando a importância de que “as potências mundiais deem um basta nisso”.
“Não é possível a gente aceitar uma guerra que não existe e sim um genocídio premeditado de um governante de extrema-direita que está fazendo uma guerra, inclusive, contra os interesses de seu próprio povo”, declarou em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron.
Conforme noticiado por este Diário, na manhã de terça-feira (3), durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, Lula havia repetido sua crítica ao genocídio perpetrado pelo Estado nazista de “Israel” na Faixa de Gaza. Ao ser questionado sobre um comunicado da Embaixada de “Israel” no Brasil, afirmou que “um presidente não responde a uma embaixada, mas reafirma o que diz”, destacando que “o que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um exército matando mulheres e crianças”.
O mandatário brasileiro, no entanto, foi ainda mais duro. Afirmou que a acusação frequentemente utilizada pela ocupação israelense de antissemitismo é “vitimismo”.
Esta série de declarações de Lula contra o genocídio em Gaza mostram que a única coisa que impedia o presidente de denunciar as ações de “Israel” era a pressão do sionismo e, de maneira geral, do próprio imperialismo. Agora que parte dos países imperialistas estão se voltando — somente, é claro, no discurso — contra a entidade israelense, o brasileiro vê melhores condições para fazer o mesmo.
A diferença é que os países imperialistas, que financiam o genocídio do povo palestino, emitem declarações e indicam que tomarão ações diplomáticas contra o Estado sionista, pois a matança é tão grotesca que está gerando uma crise cada vez maior no interior das grandes potências. Estes governos, impopulares por definição, não conseguem sustentar politicamente o efeito que a foto de uma criança palestina morrendo de fome tem sobre a população. Enquanto isso, Lula denuncia o genocídio do povo palestino por se opor, de fato, ao que “Israel” faz em Gaza.
No momento em que as condições estão cada vez mais desfavoráveis para o sionismo, Lula faz bem em denunciar o que ocorre na Palestina. No entanto, deve aproveitar essa crise para ir além e mostrar que realmente se importa com a vida das mulheres e crianças de Gaza, rompendo todas as relações do Brasil com o Estado nazista de “Israel”.
Este é o melhor, nesse momento, que o governo brasileiro pode fazer para frear a matança do povo palestino e isolar ainda mais a entidade sionista. Um primeiro passo a ser tomado para que Lula possa deixar claro que o País está do lado da Palestina, e não dos maiores criminosos que o mundo já viu.