Nessa sexta-feira (9), a Rússia celebrou com grandeza o 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Em Moscou, dezenas de milhares de pessoas participaram do tradicional desfile militar na Praça Vermelha, exaltando o papel fundamental do Exército Vermelho e do povo soviético na derrota do fascismo. O evento, que contou com tropas de países aliados e uma exibição imponente de armamentos modernos, reafirmou a importância da data como símbolo maior da luta contra o imperialismo e o nazismo.
Em seu discurso, o presidente Vladimir Putin ressaltou que o Dia da Vitória é o feriado mais importante da Rússia, celebrado como herança direta da resistência e da luta revolucionária dos trabalhadores e soldados soviéticos. “Nossos pais, avôs e bisavôs salvaram a pátria e nos legaram a missão de defendê-la”, afirmou. Putin denunciou as tentativas de reescrever a história da guerra e reafirmou que a Rússia jamais aceitará a glorificação do fascismo ou o apagamento do papel decisivo da União Soviética.
O desfile também foi uma demonstração de força militar. Entre os equipamentos expostos estavam os modernos mísseis balísticos Yars, o sistema de defesa antiaérea S-400, os tanques T-90M Proryv, além de veículos blindados utilizados na linha de frente da guerra na Ucrânia, como o Tigr-M e o Iskander-M. A parada contou com a presença de tropas de Belarus, Cazaquistão, China, Vietnã e outros países aliados, destacando o caráter internacionalista da celebração.
O evento deste ano ocorre em meio à ofensiva do imperialismo contra a Rússia, intensificada desde o golpe na Ucrânia em 2014 e a guerra em curso no Donbas. Ao vincular a luta atual contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e seus satélites à luta histórica contra o nazismo, o governo russo reafirma que a memória da Segunda Guerra Mundial é uma arma política contra o avanço do imperialismo sobre o Leste Europeu e o mundo.
Em contrapartida, países da União Europeia, como Lituânia, Letônia e Estônia, tentam apagar a data da história, proibindo atos públicos, símbolos soviéticos e até a exibição da fita de São Jorge, em um esforço coordenado para reabilitar o colaboracionismo nazista e justificar a atual campanha militar e política contra a Rússia.
Em sintonia com a luta dos povos contra o imperialismo e com o espírito revolucionário do 9 de Maio soviético, a Internacional Antifascista realiza hoje (10) o seu ato em comemoração ao Dia da Vitória sobre o nazismo, em São Paulo.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do País, participa do ato, assim como a CTB, a Frente Nacional de Luta (FNL), o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), a Corrente Sindical Nacional Causa Operária (CNSCO), a APEOESP, o Sindicato dos Bancários de Brasília e os Comitês de Luta. Também participam o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), o CEBRAPAZ, o Coletivo Terra Vermelha, o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, e os partidos PCO, PCdoB e POR.
A data marca a capitulação do regime nazista diante do Exército Vermelho, em 9 de maio de 1945, uma vitória conquistada pelo sacrifício heroico de dezenas de milhões de operários, camponeses e soldados soviéticos. A ofensiva final partiu de Berlim, mas a resistência foi construída nas trincheiras de Stalingrado, nos campos da Bielorrússia e nas florestas da Ucrânia. Ao contrário da farsa liberal que tenta ocultar esse fato, foi a classe operária soviética, organizada sob a liderança do Estado operário, quem derrotou o fascismo.
Em tempos em que o imperialismo volta a vestir a máscara do “combate ao terrorismo” ou da “defesa da democracia” para justificar guerras, ocupações e massacres — como faz atualmente em Gaza, com o apoio aberto de potências “democráticas” ao genocídio cometido por “Israel” —, a lembrança do Dia da Vitória se torna ainda mais atual. O mesmo imperialismo que financiou Hitler e Mussolini hoje financia os sionistas, a OTAN e outros regimes reacionários contra os povos oprimidos.
Por isso, não perca o ato do Dia da Vitória! A atividade ocorrerá a partir das 9h, na sede da Academia Paulista de Letras, no Largo do Arouche, próximo à estação República do metrô.