Com mais de 60% da população coberta, o 5G não é só velocidade: é inclusão social, desenvolvimento econômico e fortalecimento da soberania nacional
A notícia de que a cobertura 5G já alcança mais de 60% da população brasileira não é apenas um dado técnico a ser celebrado por entusiastas da tecnologia. É o marco de um projeto de nação, a consolidação de uma estratégia que enxerga na conectividade a espinha dorsal para a soberania, a inclusão social e um desenvolvimento econômico genuinamente nosso. O Brasil não está apenas adotando uma nova tecnologia; está pavimentando seu caminho para se tornar protagonista na era digital, com suas próprias condições e para o bem de seu povo.
O que vemos em curso é muito mais do que a simples busca por downloads mais rápidos. Como bem destacou o Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, “queremos que essa transformação alcance a todos”.
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Essa frase encapsula a alma do projeto: o 5G como um poderoso instrumento de justiça social. Em um país de dimensões continentais, marcado por desigualdades históricas, levar conectividade de ponta a regiões remotas significa encurtar distâncias, derrubar barreiras e oferecer as mesmas ferramentas de progresso tanto para os grandes centros urbanos quanto para os municípios historicamente isolados.
A decisão do governo de antecipar em 14 meses a liberação da faixa de 3,5 GHz foi um movimento estratégico de imensa importância. Essa atitude proativa demonstra uma visão clara de futuro e uma recusa em ficar a reboque das agendas internacionais.
Ao permitir que 5.570 municípios já pudessem se planejar e iniciar a implementação da rede, o Brasil tomou as rédeas do seu próprio cronograma de digitalização, exercendo sua soberania e acelerando um processo que é vital para a competitividade do país. Discutir a antecipação de metas previstas para 2030 é mais uma prova de que há pressa, uma urgência positiva em garantir que os benefícios dessa revolução não demorem a chegar a todos os cantos do território nacional.
Essa soberania digital se fortalece ainda mais quando olhamos para as nossas vantagens comparativas. O Brasil não está construindo sua infraestrutura 5G no vácuo. Está erguendo-a sobre uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 88% da eletricidade vinda de fontes renováveis. Essa sinergia é o nosso grande diferencial.
A conectividade do 5G, que viabiliza a internet das coisas (IoT), cidades inteligentes e sistemas de monitoramento ambiental, encontra no Brasil um terreno fértil e sustentável para florescer. Estamos diante da oportunidade única de liderar a chamada “economia verde digital”, criando soluções inovadoras que aliam alta tecnologia com responsabilidade ambiental, um ativo cada vez mais valorizado no cenário global.
É preciso entender o alcance prático dessa transformação. Quando especialistas afirmam que o 5G vai além da velocidade, eles se referem a uma revolução em setores cruciais.
Falam da possibilidade de um médico em São Paulo realizar uma cirurgia em um paciente no interior da Amazônia; de um sistema de ensino remoto verdadeiramente imersivo e eficiente para crianças em comunidades rurais; de um agronegócio que, através do monitoramento preciso e em tempo real, aumenta sua produtividade de forma sustentável; e de uma logística capaz de rastrear cargas com total segurança, otimizando as cadeias produtivas do país.
Cada uma dessas aplicações representa um salto de qualidade de vida, eficiência e autonomia para o Brasil.
Com mais de 60% da população já coberta, entramos em uma nova fase. O desafio, agora, é a capilaridade, a garantia de que a tecnologia não apenas exista, mas que seja acessível e útil para cada cidadão. A expansão contínua da rede 5G não é uma despesa, mas um investimento estratégico na redução das desigualdades, na inovação e no fortalecimento da nossa economia digital.
O Brasil está provando que é possível aliar avanço tecnológico com um projeto de nação inclusivo e soberano. A expansão do 5G é, portanto, muito mais do que a instalação de antenas; é a construção de pontes para o futuro, a afirmação do nosso potencial e a certeza de que estamos no caminho certo para consolidar nossa posição de liderança, não apenas na América Latina, mas no mundo. É a conectividade a serviço do povo brasileiro.