O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou que o Brasil foi o país que mais reduziu a fome, especialmente a desnutrição severa.
Em números absolutos, 14,7 milhões deixaram de passar fome no país. A insegurança alimentar severa, que afetava 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população.
Os dados estão na edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024).
“O Brasil foi a região do mundo que mais reduziu a fome e, principalmente, a fome severa. O presidente Lula quer que a gente alcance todas as pessoas para que tenham, como ele sempre diz, o direito de tomar café, almoçar e jantar todo dia”, disse o ministro durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Para alcançar essa redução, o ministro destacou as ações do Plano Brasil Sem Fome, organizado em três eixos: acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania.
De acordo com ele, o programa visa uma alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo; e mobilização para o combate à fome.
São 80 ações e programas, com mais de 100 metas propostas pelos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan)
“Ao lançar o Plano, a gente trabalha para, ainda neste mandato, tirar o Brasil do mapa da fome. Neste ano, de 2023 a 2024, vamos ter uma nova redução. Estamos atentos a essas situações no Rio Grande do Sul, no Amazonas, para não deixar crescer fome e extrema pobreza em nenhuma outra região. Nesse caminho, até 2026 nós vamos tirar de novo o país do mapa da fome”, assegura Dias.
O ministro destaca ainda o papel da agricultura familiar para a alimentação da população.
“O Brasil, quanto mais puder exportar, melhor. Mas nós planejamos também o que fica em cada lugar de alimento para o povo brasileiro. A maior parte dos alimentos que a gente consome vem da agricultura familiar. Aquela verdura, a fruta, o leite, a galinha, o ovo, enfim, são os pequenos produtores que produzem. Tudo isso nós estamos promovendo a dignidade. É daí que vem o crescimento destas pessoas”, observa.
“Pelo crescimento econômico e pelo social, nós vamos trabalhar e reduzir ao máximo a extrema pobreza e a pobreza. E vamos abrir oportunidade para muita gente crescer, chegar na classe média, ter as condições de dignidade”, completa.