O Brasil, sob o comando do presidente Lula, encerra o segundo ano de governo com o mercado automotivo que mais cresceu no mundo em 2024. As vendas de carros aumentaram 15% em comparação com 2023, o que coloca o Brasil no topo entre os 10 principais mercados globais.
A alta também representa um recorde de vendas dos últimos 17 anos, com a geração de 100 mil novos empregos, concretizando o maior ciclo de investimentos da história da indústria, com R$ 180 bilhões.
As previsões otimistas são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), cujo presidente Márcio de Lima Leite classificou o cenário brasileiro como “espetacular”, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
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A Anfavea antecipou as estimativas de vendas, produção e exportação de veículos em 2024 na última quinta-feira (12), quando revelou o aumento de 11% na produção em relação a 2023 e previu a venda de 2,5 milhões de veículos até o final deste ano. Em 2023, foram emplacados 2,3 milhões de veículos, segundo a associação.
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“Efeito Lula!”, postou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) em seu perfil na rede X ao comemorar a maior alta de vendas desde 2007 e as projeções de crescimento para 2025.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera um CRESCIMENTO de 5,6% em VENDAS no ano que vem.
Além disso, a Anfavea disse que 2024 foi ano de MAIOR AUMENTO do mercado desde 2007.
EFEITO LULA! 🇧🇷🚀👍 pic.twitter.com/QyvvXUZkCW
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) December 12, 2024
Para 2025, os dados apontam para um aumento de 5,6% nas vendas, com um total de 2,8 milhões de unidades comercializadas.
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O Brasil foi o que mais cresceu entre os principais mercados do mundo. Esperamos começar o ano nesse ritmo acelerado e fazer de 2025 o último degrau antes da volta ao patamar dos 3 milhões de unidades vendidas”, disse o presidente da entidade ao jornal Valor, que informou que, em novembro, a média de vendas foi de 13,3 mil unidades por dia, a maior em 10 anos.
A Anfavea informou ainda que, em 2024, a comercialização de caminhões teve alta de 15% e a de ônibus, 8,5%.
Na comparação entre o primeiro e o segundo semestre deste ano, a alta foi de 32%. “O primeiro semestre deste ano já tinha sido melhor que em 2023, mas foi no segundo semestre que crescemos 32%, voltando aos níveis pré-pandemia”, afirmou o presidente da Anfavea ao site G1.
Os dados gerais divulgados pela entidade mostram o Brasil com resultados à frente do Canadá (10,5%), China (3,8%), Estados Unidos (2,8%) e França (-3%).
Exportações Crescem
O Brasil aumentou em 39% a venda de veículos para a Argentina e em 14% para o Uruguai neste ano. Para 2025, a Anfavea prevê que as vendas ao exterior cresçam 6,2% e alcancem 428 mil unidades.
O setor, que emprega 1,3 milhão de brasileiros, prevê ainda a criação de 10 mil vagas diretas. “No total, nosso setor é responsável por 1,3 milhão de empregos de alta qualificação, e esperamos que o atual ciclo de investimentos anunciado, de R$ 130 bilhões, abra ainda mais postos de trabalho não só na linha de montagem, mas também em algo estratégico para o país, que é pesquisa e desenvolvimento”, destacou o presidente da Anfavea em matéria da Agência Brasil.
O site G1 destacou que, segundo a Anfavea, “os números chegariam aos três milhões de veículos produzidos caso a taxa Selic estivesse no patamar previsto pelo mercado no início de 2024, de 9,25%. A atual projeção do boletim Focus, relatório que reúne a análise de mais de 100 instituições financeiras, é de 13,5% ao final de 2025”.
Novas Tecnologias
De janeiro a outubro de 2024, os carros elétricos lideraram os emplacamentos de eletrificados. Híbridos plug-in ficaram na sequência, mas recentemente os híbridos deram um salto e devem fechar 2024 na liderança de vendas, segundo a Anfavea.
“Os híbridos plug-in, que precisam ser recarregados na tomada, cresceram e deixaram a terceira posição para os 100% elétricos”, informou o G1. A participação total de mercado dos híbridos e híbridos plug-in somados cresceu de 3,4% para 4,5% entre 2023 e 2024. O mesmo ocorreu com os elétricos, que saltaram de 0,9% para 2,5%.