O Brasil assume pela quarta vez a presidência rotativa do Brics, em meio à expansão do bloco que, em 2025, contará com ao menos nove novos membros. A agenda do Brasil inclui reforma da governança global e desenvolvimento sustentável com inclusão social.
O governo brasileiro busca promover cooperação do Sul Global para uma governança mais inclusiva e sustentável, com o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
Ao menos nove países ingressam no grupo como membros, incluindo Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, confirmados pela Rússia como novos membros.
O professor de direito internacional Paulo Borba Casella ressaltou que um dos desafios para a presidência do bloco é criar uma dinâmica para o Brics expandido.
Ao todo, treze países foram convidados para participar do Brics, incluindo Nigéria, Turquia, Argélia e Indonésia, que devem confirmar a participação.
A assessoria do Itamaraty não confirmou em qual categoria os nove países devem ingressar no grupo – se como parceiros ou como membros efetivos.
O Brics incluiu no ano passado Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita, que apesar de não ter assinado a adesão ao grupo, tem participado de todos os encontros.
A coordenadora do grupo de pesquisa sobre Brics da PUC do Rio de Janeiro, professora Maria Elena Rodríguez, lembrou que da última vez que o Brasil foi presidente do bloco, o governo não deu muita importância ao Brics, o que deve mudar neste ano.
A iniciativa de substituir o dólar por moedas locais levou o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a ameaçar as nações que abandonarem a moeda estadunidense por meio de aumento da taxação dos produtos desses países.
O professor da USP, Paulo Borba Casella, avalia que fóruns como o Brics ganham importância devido ao comportamento de Trump.
O Brics tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração de países insatisfeitos com a ordem internacional liderada pelos EUA e dominada pelo dólar.
Entre as principais demandas do grupo, está a defesa de uma reforma na governança global, com ampliação da representação dos países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, a Organização Mundial do Comércio (CMO) e instituições financeiras como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).
Trump e Brics
A iniciativa de substituir o dólar por moedas locais levou o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a ameaçar as nações que abandonarem a moeda estadunidense por meio de aumento da taxação dos produtos desses países.
O professor da USP, Paulo Borba Casella, avalia que fóruns como o Brics ganham importância devido ao comportamento de Trump.
O Brics tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração de países insatisfeitos com a ordem internacional liderada pelos EUA e dominada pelo dólar.