Brahms não é um compositor fácil de gostar na primeira audição. Se você não tem familiaridade com música clássica, pode até detestá-lo. A vida dele também não foi fácil.

Muitos não sabem que Brahms nasceu numa favela alemã, no meio de crime, prostituição, fome, desemprego e miséria. Sua carreira de intérprete e compositor dava pro gasto, mas só foi alavancada mesmo depois de um artigo escrito por Schumann, que o exaltava como o substituto de Beethoven.

Então, Brahms se tornou amigo de Schumann e passou a mostrar suas composições à esposa dele (Clara), que era uma pianista. E, patatí patatá, acabou se apaixonando por ela. Mas, Brahms só revelou seu amor depois que Schumann morreu num asilo de loucos. Ninguém sabe se o amor se consumou. A hipótese mais provável é que Clara manteve-se fiel a seu falecido marido, deixando Brahms choramingando nas cartas de amor que escrevia pra ela.

Talvez seja por isso que muitos dizem que Brahms é o compositor das emoções sublimadas, das paixões platônicas. Seu romantismo nunca é fortemente declarado (diferentemente de Rachmaninoff e Tchaikovsky, por exemplo). Em sua música, de repente surgem belíssimas melodias que logo se recolhem, dando lugar a outros temas. É o caso do seu Quinteto para Clarinete.
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Last Update: 18/03/2025